Beelzebub (Parte 2) - Amaldiçoado a Viver

Solidão e tormento em “Beelzebub (Parte 2) - Amaldiçoado a Viver”

“Beelzebub (Parte 2) - Amaldiçoado a Viver”, de AniRap, explora a solidão e o sofrimento de um ser imortal, condenado a viver eternamente contra sua vontade. A música destaca o paradoxo de Belzebu, que, apesar de ser temido e possuir um poder devastador, deseja apenas o fim de sua existência. O verso “Eu sou o único lutador que tá buscando a morte” mostra claramente esse conflito: enquanto todos lutam para sobreviver, ele anseia pela morte, que lhe é negada pela maldição.

AniRap constrói o personagem usando referências de diferentes mitologias, como Odin (nórdica), Hajun (japonesa), Hades (grega) e Satã (cristã), mostrando que até deuses e demônios enfrentam dilemas humanos, como culpa, arrependimento e a busca por redenção. Metáforas como “as moscas seguem” e “sua carne não envelhece, mas ele tá morto por dentro” reforçam a imagem de Belzebu como o “Senhor das Moscas” e simbolizam sua podridão interna. O pentagrama, citado como marca do deus condenado, representa o estigma do anjo caído e a rejeição tanto dos deuses quanto dos santos, que “temem o seu poder”. A maldição de Belzebu, que faz com que qualquer um que se aproxime dele morra, aprofunda seu isolamento e o desejo de redenção, evidenciado quando ele pede a Hades que o mate. Assim, a música cria uma atmosfera sombria, mostrando um protagonista preso em um sofrimento eterno, incapaz de encontrar alívio, mesmo com todo o seu poder.