Deadpool (Finge que é Jujutsu) - Ado ado ado

Deboche e autocrítica em “Deadpool (Finge que é Jujutsu)”

Em “Deadpool (Finge que é Jujutsu) - Ado ado ado”, AniRap adota a persona irreverente de Deadpool para expor, com humor ácido e ironia, as contradições e rivalidades do rap de anime. Logo no início, o artista brinca com a própria autoconfiança ao afirmar que ninguém fez o melhor som do Deadpool porque “eu ainda não tinha lançado”, misturando autocrítica e deboche. Ele também faz referência ao especial do M4rkim e à pressão dos fãs, ironizando a trajetória de ser subestimado e depois reconhecido: “E pra quem desacreditava, agora fala: Nem fudendo”.

A letra traz provocações diretas a outros artistas e à comunidade, citando nomes como Player Tauz, 7, Basara, Daarui, Kaito, Blxck e Enygma. Essas menções satirizam a competitividade e as polêmicas do nicho, além de brincar com a busca constante por inovação. AniRap também critica a cobrança por fidelidade aos personagens de anime, ironizando comentários como “o rap não representa a personalidade do Yuta” e respondendo: “Foda-se, o cara é artista, não terapeuta”. O uso de humor escrachado, palavrões e duplos sentidos reforça a influência do Deadpool, personagem famoso por quebrar a quarta parede e debochar de tudo.

No refrão e em versos como “Qual que é a brisa de cantar essas músicas de anime, uh? Pra não ser que nem o Ani, comece o Proerd amanhã”, AniRap tira sarro dos estereótipos do público otaku e dos próprios rappers do gênero, ao mesmo tempo em que assume suas próprias contradições. Assim, a música diverte e, ao mesmo tempo, expõe de forma bem-humorada as tensões, críticas e expectativas do rap de anime, usando Deadpool como espelho e escudo para a autocrítica e a provocação.