Proibido

A Luta Contra o Vício e o Despertar em 'Proibido' dos Anjos Do Hanngar

A música 'Proibido' dos Anjos Do Hanngar aborda a complexa relação entre o eu-lírico e um vício, que pode ser interpretado tanto de forma literal quanto metafórica. A letra descreve a dificuldade de se libertar de algo que, apesar de prejudicial, exerce um forte poder de atração. A brisa que traz o perfume da pessoa amada simboliza a constante lembrança e tentação que o vício representa, mesmo quando não está visível ou perceptível diretamente.

A metáfora do 'trem' que vai e vem sem um destino claro reflete a sensação de estar preso em um ciclo vicioso, sem progresso ou mudança significativa. O eu-lírico reconhece a necessidade de 'acordar' e mudar a rota, mas enfrenta a resistência interna e a dificuldade de romper com o hábito. A luta contra o vício é descrita como um jogo de azar, onde a tentativa de confrontar o problema de frente resulta em frustração e a necessidade de perdoar, mesmo sem merecimento.

A repetição da ideia de que 'proibir é despertar' sugere que a proibição, ou a tentativa de se afastar do vício, é um passo necessário para a conscientização e o despertar para uma nova realidade. No entanto, essa proibição também é vista como um desafio, algo que desperta ainda mais a tentação e a luta interna. A música, portanto, explora a dualidade entre o desejo de se libertar e a dificuldade de abandonar algo que, apesar de prejudicial, é familiar e confortante de certa forma.