Frágil (part. Calema)

Reconstrução emocional e vulnerabilidade em “Frágil (part. Calema)”

Em “Frágil (part. Calema)”, Anjos e Calema exploram a vulnerabilidade que surge diante do amor e a vontade de reconstruir uma relação marcada por erros do passado. A presença do refrão em crioulo são-tomense – “Mi…mi… Hum mecê bô, hum mecê bô ku ami… Mi…” (Eu… eu… Só quero você, só quero você comigo… Eu…) – destaca a autenticidade cultural dos Calema e intensifica o sentimento de proximidade, mostrando que o desejo de estar junto de quem se ama é universal e ultrapassa barreiras linguísticas.

A letra revela a confissão de fragilidade e o impacto transformador da presença do outro: “Sinto-me frágil, baby / Quando estás por perto, o tempo pára / E eu volto atrás / Para te abraçar”. O eu lírico reconhece seus erros – “Eu sei / Que todos erram e eu errei também” – e expressa a importância de se arriscar novamente, buscando reconciliação e superação das barreiras emocionais. O refrão repetido, com o pedido para não estar mais distante e o desejo de “adormecer no teu abraço / Acordar sentir que és parte de mim”, reforça a busca por segurança, afeto e continuidade no relacionamento. Assim, a música se torna um retrato sincero da entrega emocional e da esperança de recomeço a dois.