Bugatti

Metáforas de poder e desejo em "Bugatti" de Anuel AA

Em "Bugatti", Anuel AA utiliza o carro de luxo como uma metáfora para uma mulher que é ao mesmo tempo desejada e inatingível. No trecho “Ese Bugatti no tiene dueño / Porque ese maquinón no está a la venta” (Esse Bugatti não tem dono / Porque essa máquina não está à venda), ele deixa claro que essa mulher é exclusiva, não se deixa possuir e está em um nível acima, reforçando sua independência e poder. O Bugatti representa mais do que luxo: simboliza status, desempenho e algo que todos querem, mas poucos podem alcançar.

As menções a figuras como Ronaldo, Rochy, Toretto e Letty, além de marcas como Supreme, ampliam o clima de ostentação e cultura pop, associando a mulher à ideia de velocidade, destaque e domínio. Quando Anuel diz “Guiando esa bestia, soy Toretto / Tú ere' Letty porque te lo meto” (Guiando essa máquina, sou Toretto / Você é Letty porque eu te conquisto), ele faz referência aos personagens de Velozes e Furiosos, trazendo sensualidade e ação para a relação. O verso “Vive en toa' las mente' sin pagarle renta” (Vive na mente de todos sem pagar aluguel) reforça que ela é inesquecível e ocupa o pensamento de todos sem esforço. O tom confiante e as metáforas automobilísticas criam uma atmosfera de desejo, respeito e admiração por uma mulher que não se deixa limitar nem rotular.