Corte

Superação e cicatrizes emocionais em "Corte" de Ariah

"Corte", de Ariah, aborda de forma direta as marcas deixadas por um relacionamento tóxico, mostrando como essas feridas emocionais continuam presentes mesmo após o término. A artista utiliza imagens como "corte" e "cicatrizes" para ilustrar que o sofrimento não desaparece facilmente: "Olho todo dia pra essas cicatrizes / Minhas histórias sem finais felizes". Essas referências reforçam a ideia de que as dores do passado permanecem visíveis e fazem parte do processo de autoconhecimento e sobrevivência.

A letra tem um tom confessional e rejeita qualquer tentativa de romantizar o passado. Isso fica claro em versos como "Para de falar que cê foi coisa boa / Até a sua memória me enjoa", onde Ariah confronta a tendência de idealizar relações antigas e deixa evidente que o que ficou foi apenas dor. O trecho "Sangra, deixa sangrar / Quanto mais sangra, mais rápido essa porra toda vai curar" propõe que enfrentar a dor de frente é necessário para a cura, em vez de tentar escondê-la. O contexto do EP "Não Sou Eu, É Vc" e as apresentações ao vivo, marcadas por forte conexão com o público, reforçam que a exposição da vulnerabilidade e a busca por superação são centrais na obra de Ariah. Assim, "Corte" se destaca como um símbolo de resistência emocional para quem já viveu relações destrutivas.