Melô do Pinto
Ary Toledo
Pálido,
Flácido,
Púdico e gentil.
Ele é tão tímido,
Árido.
Preso num covil,
Mas quando vê aquela tanga,
Aquela bunda já se encanta.
Bota a banca, Tira a Manga
Sai da sunga e fica
Rápido,
Rígido, ávido e feroz.
E assim diria
Se tivesse o dom da voz:
Patrão,
Me dê direito
De escolher a minha trilha.
Isto é pior que
A solitária,
Eu quero a chave da braguilha!
Só apareço em consultórios
Pros exames de rotina.
Nos mictórios, que vexame,
Aquele cheiro de urina...
Eu quero...
Eu quero espaço pra
Balançar!
Ver a luz do sol,
Eu quero ver a cor
Do senhor
Quero tudo igual
De que me vale ser o
Artista principal
E ver a atriz só no final
Sem as calcinhas,
Soutiens e lingeries?
Eu quero
Ser feliz
Dá um bis
Quando eu desejar,
Quando eu não quiser
É favor não incomodar
Que eu faço greve,
Vou morar atrás do saco,
Enfiado num buraco
Que o patrão não vai gostar!
Eu faço greve, vou morar atrás do saco
Enfiado num buraco que o patrão não vai gostar!
tá?
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