Full Frontal

Exposição e prazer sem filtros em “Full Frontal” de Ashnikko

“Full Frontal”, de Ashnikko, explora o desejo de se libertar das pressões mentais e se entregar ao prazer sem culpa. Logo no início, versos como “I don't wanna use my brain, lobotomy, it feels so good” (“Não quero usar meu cérebro, lobotomia, é tão bom”) mostram a vontade de desligar a mente e buscar alívio ao deixar de lado o pensamento constante. A repetição da palavra “lobotomy” (lobotomia) reforça, de forma irônica, a ideia de anestesiar as preocupações para simplesmente sentir.

A música também traz sexualidade explícita e duplos sentidos, como em “Sit on the DJ's face, I feel the beat through my ugh” (“Sento no rosto do DJ, sinto a batida através do meu...”), misturando prazer físico e experiência musical. O refrão “Botox in my frontal lobe” (“Botox no meu lobo frontal”) faz referência à busca por prazer superficial e à tentativa de paralisar emoções, sugerindo o desejo de viver o momento sem se preocupar. Em “Just me and my girls, we been solving equations all week... And right now, I need release” (“Só eu e minhas garotas, resolvemos equações a semana toda... E agora, preciso de alívio”), Ashnikko mostra que, mesmo sendo produtivas e inteligentes, há momentos em que tudo o que se quer é relaxar. O título “Full Frontal” reforça essa exposição sem filtros dos desejos e do corpo, alinhando-se ao tom irreverente e empoderado da artista.