Tantrum

Empoderamento e rebeldia em “Tantrum” de Ashnikko

“Tantrum”, de Ashnikko, transforma a imagem de alguém considerado mimado e rebelde em um símbolo de força e autenticidade. Em vez de esconder ou suavizar seu comportamento desafiador, Ashnikko o exibe com orgulho, como mostra o verso “Throw a tantrum, baby, doll me up 'cause I'm a brat” (“Faça uma birra, querida, me arrume porque sou mimada”). Ela assume o papel de quem exige atenção e não teme causar desconforto. Metáforas como “Break a heart like an eggshell” (“Quebro um coração como uma casca de ovo”) reforçam sua postura de impacto emocional sem remorso, enquanto expressões como “demidevil, pyromaniac” (“meio demônio, piromaníaca”) intensificam sua persona ousada e imprevisível.

A música também desafia padrões sociais e expectativas de comportamento, como fica claro em “They wanna keep it PG, all their daughters wanna be me” (“Eles querem manter tudo adequado, mas todas as filhas deles querem ser como eu”) e na crítica aos concursos de beleza: “Beauty pageant, make it tragic, blood dripping out my nose” (“Concurso de beleza, faça ser trágico, sangue escorrendo do meu nariz”). Esses versos apontam para a pressão por perfeição e a hipocrisia social, ao mesmo tempo em que celebram a individualidade extrema. O acrônimo “T-E-A-M-P-S-Y-C-H-O” (“time dos loucos”) reforça a identidade de outsider, rejeitando a normalidade. A performance da música durante uma sessão de depilação dolorosa ainda destaca a disposição de Ashnikko em desafiar normas, tornando “Tantrum” um hino de autoafirmação irreverente e sem filtros.