Pangéia

Pangéia: Uma Reflexão Sobre a Unidade e a Fragmentação da Humanidade

A música "Pangéia" do Atentado Napalm é uma profunda reflexão sobre a unidade original da Terra e a subsequente fragmentação da humanidade ao longo da história. A letra começa com referências históricas e mitológicas, como a erupção do vulcão em Pompéia, a expansão europeia, e figuras como Jesus, Platão e Homero. Essas referências servem para situar o ouvinte em um tempo anterior à divisão geopolítica e cultural, quando o mundo era uma única massa de terra, a Pangeia.

A canção critica a evolução da sociedade humana, que passou de uma existência nômade e livre para uma estrutura complexa de leis, impérios e divisões. A letra menciona a criação de muros, tanto físicos quanto metafóricos, que separam as pessoas e fomentam a intolerância e o conflito. A referência ao muro de Berlim e à situação na Palestina exemplifica como essas divisões são visíveis em diferentes contextos ao redor do mundo. A música também aborda a crise dos refugiados no Mediterrâneo, destacando a desumanidade e a falta de solidariedade global.

Além disso, a letra faz uma crítica ao consumismo e à desigualdade social, mencionando como a publicidade e as disputas corporativas contribuem para a fragmentação da sociedade. A música sugere que a raiz dos problemas atuais está na divisão inicial da terra e na criação de fronteiras, citando Rousseau e a Revolução Agrícola como pontos de inflexão. A ideia de que todos viemos da África e que, em essência, somos um só, é um chamado à unidade e à reflexão sobre nossa origem comum. A música termina com um apelo ao respeito pela Terra, nossa mãe comum, e uma crítica à nossa tendência de nos afastarmos uns dos outros, tanto física quanto emocionalmente.