Dose

Realidades paralelas e mistério em “Dose” do Avenged Sevenfold

A música “Dose”, do Avenged Sevenfold, faz referência logo no início ao caso do “Viajante de Taured”, um enigma dos anos 1950 em que um homem teria surgido no aeroporto de Tóquio com um passaporte de um país inexistente. Essa menção reforça o clima misterioso da faixa e serve como ponto de partida para discutir temas como realidades paralelas e múltiplas dimensões. O verso “I've come from somewhere beyond” (“Vim de algum lugar além”) sugere a presença de alguém que transcende a realidade comum, alinhando-se com a ideia de viagens interdimensionais e existências alternativas.

A letra traz imagens como “Voyage in time” (“Viagem no tempo”), “Shot through the worm” (“Atravessado pelo buraco”) e “Scaling the vine” (“Subindo pela videira”), criando uma atmosfera de deslocamento temporal e espacial, remetendo à teoria dos universos paralelos. O trecho “All that's me and all that's you / All that's false and all that's true” (“Tudo que sou eu e tudo que é você / Tudo que é falso e tudo que é verdadeiro”) destaca como as fronteiras entre identidades e realidades são tênues. Já “It's only fabric so it seems our intimate reality / We're living simultaneously while parallel in possibility” (“É só tecido, assim parece nossa realidade íntima / Estamos vivendo simultaneamente enquanto paralelos em possibilidade”) explicita a ideia de que a realidade é uma construção sujeita a múltiplas possibilidades coexistentes. Ao citar o ano de 1954 e frases como “Napalm fill the sky” (“Napalm enche o céu”) e “Axis wins the war” (“O Eixo vence a guerra”), a música sugere cenários alternativos, onde eventos históricos poderiam ter ocorrido de outra forma. Assim, “Dose” propõe uma reflexão sobre a natureza da existência, a multiplicidade de realidades e a fragilidade do que consideramos verdadeiro, tudo envolto em uma atmosfera psicodélica e enigmática.