Tô Sozinho

Solidão e vulnerabilidade em "Tô Sozinho" de Aviões do Forró

Em "Tô Sozinho", Aviões do Forró apresenta uma narrativa marcada pela mistura de resignação e dor diante do fim de um relacionamento. A letra, composta por Dorgival Dantas, mostra um eu lírico que tenta aparentar aceitação, mas deixa transparecer o sofrimento e a dificuldade de seguir em frente. O discurso de que "tá tudo bem, tá tudo normal" funciona como uma defesa emocional, mais para se proteger do que para realmente aceitar a separação.

Trechos como “Logo agora que eu te amo demais, você vem pedir pra te deixar em paz” e “Onde plantei flores, só colhi espinhos” deixam claro o sentimento de frustração de quem investiu no relacionamento e acabou machucado. O refrão sugere que a ex-parceira já encontrou “outra pessoa legal”, mas o tom revela que essa afirmação é mais uma tentativa de autoconvencimento do que uma aceitação real. No final, o pedido “não amor, não, não vá, sem me dar uma chance de tentar” mostra que, apesar da separação, ainda existe esperança de reconciliação. A simplicidade das palavras e o ritmo característico do Aviões do Forró tornam a dor da solidão acessível e próxima do público, reforçando a identificação com quem já passou por situações parecidas.