
Calaste
Azagaia
Hipocrisia e resistência social em "Calaste" de Azagaia
Em "Calaste", Azagaia denuncia a hipocrisia e o silêncio diante das injustiças sociais em Moçambique, especialmente entre pessoas em posições de poder ou que buscam manter privilégios. O refrão repetitivo — “Eu pelo menos não menti, disse a verdade na tua cara, e tu? (Calaste)” — desafia diretamente o ouvinte e a sociedade, questionando quem tem coragem de se posicionar e quem prefere se calar para não perder benefícios. Azagaia se coloca como alguém que não teme as consequências de falar abertamente, mesmo sendo alvo de censura e perseguição, como mostra nos versos: “Muitos escondiam os testículos para garantir o lugar / Isso inclui censurar, caluniar a minha música / Levar-me à Procuradoria da República”.
A letra também critica a superficialidade das políticas públicas e a alienação social, como na referência à “passagem automática” no sistema educacional, que faz com que crianças não aprendam nem a escrever o próprio nome. Azagaia denuncia o racismo nas praias, ignorado pelas autoridades que priorizam o turismo, e aponta os problemas de copiar modelos europeus sem adaptação. O verso “Polícias revoltados têm licença para matar” evidencia a repressão estatal, enquanto a comparação entre sobrevivência e sexo reforça que a luta diária exige estratégias e concessões. Ao longo da música, Azagaia reafirma sua postura contestadora e se apresenta como “o eterno vencedor das causas perdidas”, assumindo o papel de porta-voz dos que não têm voz.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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