
Sétimo Dia
Azagaia
Violência e resistência em “Sétimo Dia” de Azagaia
A música “Sétimo Dia”, de Azagaia, faz uma denúncia direta sobre a banalização da morte e a violência sistêmica em Moçambique. O rapper mostra como, naquele contexto, a vida pode ser interrompida por motivos banais ou simplesmente por expressar uma opinião. O verso “juro que pra morreres basta dizeres o que pensas” se conecta ao assassinato de Mahamudo Amurane, presidente do município de Nampula, cuja morte inspirou a composição. Azagaia expõe situações extremas e cotidianas, mostrando que a morte pode ocorrer desde antes do nascimento, por negligência médica ou pobreza, até por motivos políticos, como corrupção e repressão à liberdade de expressão.
A música inclui um trecho do discurso de Amurane, reforçando a denúncia sobre impunidade e perseguição a quem desafia o sistema. Esse recurso destaca a integridade de Amurane e sua luta por transparência, em contraste com a realidade descrita na letra, onde “há juízes que morrem por lerem sentenças” e “matam-te por seres presidente de um município”. Ao afirmar “quando morres ficas herói dos que te matam”, Azagaia critica a hipocrisia dos que tentam se apropriar do legado das vítimas após eliminá-las. Assim, “Sétimo Dia” se torna um grito de alerta e resistência, denunciando a normalização da violência e a fragilidade da vida diante de estruturas de poder corruptas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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