
Só Dever
Azagaia
Crítica social e desigualdade em “Só Dever” de Azagaia
Em “Só Dever”, Azagaia expõe a dura realidade vivida pela população moçambicana, especialmente nas periferias. O verso repetido “Não há prazer nesta vida, meu irmão é só dever” expressa o sentimento de cansaço coletivo diante de uma rotina marcada por obrigações e dívidas, mesmo para quem tenta evitar o endividamento. A música faz uma crítica direta ao sistema socioeconômico do país, onde a maioria luta para sobreviver enquanto a elite política e econômica se beneficia de esquemas de corrupção.
Azagaia denuncia a corrupção institucionalizada ao citar, no final da música, o relatório da CROL e os escândalos envolvendo empresas como Proindicus, Ematum e MAM, que desviaram recursos públicos e aumentaram a dívida nacional. Ele também evidencia a desigualdade social ao afirmar “escolas são privadas, barracas são públicas”, mostrando como o acesso a direitos básicos é restrito para a maioria. Trechos como “minhas manas fazem ponte na 24” e “meu brotha está de quatro a vender-se por um empresário” ilustram a precarização do trabalho e a exploração sexual como alternativas de sobrevivência. Ao longo da letra, Azagaia reforça que, nesse cenário, o povo vive sem prazer, apenas com o peso do dever e das dívidas, enquanto a elite permanece distante das consequências de suas ações. A música é um chamado à reflexão sobre a necessidade de mudanças profundas na sociedade moçambicana.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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