
Testemunhas
Azagaia
Silêncio e cumplicidade social em "Testemunhas" de Azagaia
Em "Testemunhas", Azagaia faz uma crítica direta à sociedade moçambicana diante da corrupção e do abuso de poder. O refrão repetitivo – “é é é é é não, quero problemas / é é é é é não, sei de nada” – destaca o medo coletivo e a escolha pelo silêncio como forma de autopreservação. O rapper mostra como a população, ao se calar, acaba se tornando cúmplice do sistema, não apenas por medo, mas também por se adaptar às regras impostas pelos poderosos. Isso fica claro em versos como “os filhos deles cospem em nós mas ficamos calados” e “aceitamos se formos convidados para comermos os restos por eles deixados”, que ilustram a humilhação e a resignação diante das injustiças.
Azagaia utiliza exemplos concretos para reforçar sua crítica: menciona carros de luxo, ternos caros, subornos e a apropriação de terras antes dos colonos, agora nas mãos de uma elite local. Ele denuncia não só a corrupção dos líderes, mas também a passividade dos cidadãos, que “deixaram de acreditar” e preferem rezar por milagres a enfrentar o sistema. A letra aponta que a desigualdade e a injustiça persistem porque muitos optam por não se envolver, seja por medo de represálias ou por interesse próprio, como no trecho “mudaram de lado e juntaram-se aos compadres”. Ao final, Azagaia questiona a naturalização da riqueza em meio à pobreza e o silêncio coletivo, mostrando que todos acabam sendo "testemunhas" e, de certa forma, cúmplices desse cenário.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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