Linha do Horizonte

Liberdade e esperança em "Linha do Horizonte" do Azimuth

Em "Linha do Horizonte", do Azimuth, a busca por liberdade e pertencimento aparece de forma delicada, especialmente nos versos "um lugar que não tenha dono" e "virar pássaro de prata e só voar". Esses trechos expressam o desejo de ultrapassar limites físicos e sociais, em busca de um espaço de paz e autonomia. Essa mensagem se conecta diretamente à atmosfera leve e contemplativa da melodia instrumental, característica marcante do grupo.

O título e o refrão reforçam a ideia do horizonte como símbolo de possibilidades infinitas e de um futuro aberto. A menção à "rosa dos ventos" destaca o tema da orientação e da busca pessoal, enquanto o verso "quando eu cansar, na linha do horizonte eu vou pousar" transmite tranquilidade diante do desconhecido, sugerindo que o horizonte é um refúgio seguro. Lançada em um momento de grande projeção nacional, ao integrar a trilha sonora de uma novela popular, a música ajudou a consolidar um sentimento de sonho e esperança coletiva, típico do Brasil dos anos 1970. A mistura de samba, funk e jazz, marca registrada do Azimuth, reforça o clima de leveza e liberdade, tornando a faixa um convite para imaginar novos caminhos e possibilidades.