Bonde da Juju

Afirmação e ostentação em "Bonde da Juju" de Backdi e Bio-g3

"Bonde da Juju", de Backdi e Bio-g3, é uma música que exalta o orgulho e a identidade dos jovens das periferias por meio da ostentação de marcas de luxo, como Oakley, Nike Shox e Ecko. Expressões como “Nóis só porta Oakley” e a menção a itens como “Juliet, Romeo 2 e Double Shox” mostram que o status do grupo está ligado à posse desses objetos, funcionando como uma resposta provocativa à exclusão social e ao preconceito. A ostentação, nesse contexto, não é apenas vaidade, mas uma forma de afirmar pertencimento e desafiar os estigmas impostos pela sociedade.

A expressão “água de bandido”, usada para descrever a mistura de uísque com energético, traz um duplo sentido: ao mesmo tempo em que sugere sofisticação e poder, também ironiza o preconceito associado ao consumo dessa bebida em festas de periferia. A letra cria um ambiente de celebração e união, onde desfilar com itens caros é visto como resistência e conquista de respeito. Ao repetir “quem não é, não se mete”, a música reforça a exclusividade e a força do grupo. "Bonde da Juju" se tornou um marco do funk ostentação ao transformar o desejo de ascensão social em música, influenciando uma geração de artistas e ouvintes.