
Autoestima
Baco Exu do Blues
Racismo, dor e resistência em "Autoestima" de Baco Exu do Blues
A música "Autoestima" de Baco Exu do Blues aborda de forma direta o impacto do racismo estrutural e da falta de representatividade na construção da autopercepção de pessoas negras. O verso “Foram vinte e cinco anos pra eu me achar lindo” reflete o relato do próprio Baco sobre o tempo que levou para se reconhecer como bonito, mostrando como a ausência de referências positivas pode minar a autoestima desde a infância. A repetição de “Eu só tô tentando achar a autoestima que roubaram de mim” reforça que o amor-próprio foi tirado por fatores externos, como o racismo e os julgamentos sociais, e não por escolha própria.
Baco também expõe formas de lidar com essa dor, como o uso de drogas, roupas caras e bens materiais: “Usamos drogas pra esconder nossa dor / Diamantes nas correntes pra ofuscar nossa dor”. Esses versos mostram que o luxo e o status não preenchem o vazio causado pela falta de aceitação. O trecho “Ocupo dedos com anéis pra não puxar gatilhos” sugere que o excesso de acessórios serve como distração para evitar pensamentos autodestrutivos, além de fazer referência à saúde mental. A crítica à superficialidade do afeto após o sucesso aparece em “E agora querem que eu entenda / Seu afeto repentino”, questionando a autenticidade das relações quando há ascensão social. No final, ao dizer “Que roubaram de mim / (De nós, de mim)”, Baco amplia o discurso, mostrando que a luta por autoestima é coletiva e fundamental para a resistência negra.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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