
Preto e Prata
Baco Exu do Blues
Identidade e resistência negra em “Preto e Prata” de Baco Exu do Blues
Em “Preto e Prata”, Baco Exu do Blues utiliza a metáfora da prata para valorizar a identidade negra e desafiar padrões impostos pela sociedade branca. Ao afirmar “nós negros somos prata”, o artista rejeita a ideia de que o ouro — símbolo tradicional de riqueza e status — deve ser o objetivo da comunidade negra. A prata, nesse contexto, representa resiliência, valor próprio e a necessidade de proteção diante das adversidades. Os versos “nós vive pela prata / nós mata pela prata / nós protege a prata” reforçam que a luta diária é pela sobrevivência, dignidade e preservação da cultura, e não pela busca de símbolos de status externos.
A música também critica a associação do sucesso à conquista de “ouro” e “mulheres brancas”, rejeitando a ideia de que a realização está ligada à assimilação de valores brancos ou à posse de símbolos de poder. Quando Baco diz “Eu não acredito no seu Deus branco / Eu acredito em Exú do Blues, eu acredito em Baco”, ele reafirma sua autonomia espiritual e cultural, recusando imposições religiosas e identitárias. A menção ao artista Jean-Michel Basquiat conecta a canção a uma tradição de resistência e expressão artística negra. O verso “Virei imortal ao aceitar, minha pele é prata” resume o empoderamento que vem da autoaceitação e do orgulho racial, mostrando que a verdadeira força está em abraçar a própria história e identidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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