Fim da Existência

Fim da Existência

Fim da Existência

Parece que cedo e muito cedo
Parece que cedo e muito cedo
A vida em breve, o fim, darei!
A vida em breve, o fim, darei!
Eu só peço que não derrames uma lágrima
Eu só peço que não vertas uma lágrima
Por todos aqueles a quem dediquei amizade
Todo aquele que amizade eu lhe dediquei

Nem mesmo tu, ó mulher
Nem tu mesmo, oh mulher
A quem prometi!
Que prometi!
Te adorar como os anjos
Lhe adorar-te como os anjos
Adoram a Deus!
Que adoram à Deus!
Quando eu partir desta vida
Quando a vida, eu deixar
Que será breve!
Que será breve!
Oh, não derrames por mim
Ai, tu não vertas por mim
Tuas lágrimas!
Os prantos teus!

Se da vida, não deixo mais amigos
Se da vida, não deixo mais amigos
Tenham pena, tenham compaixão dessas clemências!
Tenham pena, tenham dó destas clemências!
Mesmo assim, deixo a todos um abraço
Mesmo assim, deixo à todos um abraço
Quando vejo minha existência chegar ao fim
Quando vejo findar-me ha existência

Peço a todos que coloquem como lembrança
Peço a todos, que coloquem por lembrança
Lá em minha pobre sepultura
Lá na minha sepultura pobre
Uma cruz, anunciando que ali descansa
Uma cruz, anunciando que ali dorme
Um amigo, um amigo que foi nobre
Um amigo, um amigo que foi nobre