A Vida É Curta Pra Viver Depois

Urgência e resistência em “A Vida É Curta Pra Viver Depois”

Em “A Vida É Curta Pra Viver Depois”, BaianaSystem explora a urgência de viver o presente, mas vai além do simples convite ao carpe diem. O verso repetido “A vida é curta pra viver depois” expressa uma necessidade de resistir e sobreviver em meio à opressão, especialmente nas periferias e favelas. O videoclipe, que mostra o amor entre duas mulheres negras em uma estética afrofuturista, reforça que viver plenamente e amar livremente são atos políticos e de resistência. Assim, a música destaca que desafiar as estruturas que limitam a liberdade e a felicidade de grupos marginalizados é uma forma de existir com intensidade e propósito.

A letra também questiona quem apoia a comunidade em tempos difíceis e valoriza a coletividade e a fé: “Quem vai fazer pela favela” e “tem que ter fé na favela” mostram a importância da união e da esperança diante das adversidades. Ao citar “ditadores, militares, aviões cruzando os ares / com seus olhos de televisão”, a canção faz referência à repressão e à vigilância, mas afirma que ainda existem espaços de liberdade: “Não vão ver eu voar com você”. Aqui, “voar” simboliza tanto a liberdade quanto a possibilidade de viver o amor e a alegria apesar do controle externo. A música mistura denúncia social, esperança e celebração da vida, mostrando que resistir é também viver e amar intensamente no presente.