Da Templa Antiga

Tradição e orgulho gaúcho em “Da Templa Antiga” de Baitaca

A música “Da Templa Antiga”, de Baitaca, destaca o orgulho e a resistência do gaúcho tradicional diante das mudanças trazidas pela modernidade. O termo “templa antiga” é fundamental para entender a mensagem da canção: ele representa aqueles que mantêm vivos os costumes e valores herdados dos antepassados. Isso fica claro quando o artista se define como “esteio do novos tempos” e afirma que seus versos servem “de exemplo para a futura geração”.

A letra traz diversas referências à cultura regional, como “bombacha arrebangada”, “chimarrão” e “fogo de chão”, elementos que reforçam a identidade do homem do campo e sua ligação com o Rio Grande do Sul. Baitaca utiliza expressões típicas e metáforas para valorizar a simplicidade e autenticidade da vida campeira, como em “meus versos são mais xucros que baba de redomão” e “trago cheiro do pasto nos xucros versos que canto”. O orgulho de ser “missioneiro” e de não se afastar das tradições aparece em contraste com aqueles que “querem bancar o moderno”, evidenciando uma crítica à perda da identidade cultural. Ao dizer “não uso enfeite, eu não nasci pra anda enfeitado”, o artista reforça que a verdadeira riqueza está na essência, não nas aparências. Assim, “Da Templa Antiga” se apresenta como um manifesto de preservação cultural, celebrando a força, a simplicidade e o valor das raízes gaúchas frente às transformações do mundo atual.