4:25

Vulnerabilidade e autoproteção em "4:25" de Balu Brigada

Em "4:25", Balu Brigada usa o horário como símbolo de um momento de vulnerabilidade, quando o protagonista está sozinho com seus pensamentos mais intensos. Ao se autodenominar "o vilão" e assumir a responsabilidade pelo término, como em “I'll be the bad guy / And I'll make you believe it was easier for me” (Eu serei o cara mau / E vou fazer você acreditar que foi mais fácil para mim), ele tenta proteger a outra pessoa, mesmo que isso lhe cause sofrimento emocional.

A música mostra a luta interna entre seguir em frente e ser assombrado por lembranças, especialmente nas madrugadas sem sono. O refrão “I don't think about it” (Eu não penso sobre isso) é repetido como um mantra, sugerindo uma negação forçada dos sentimentos. Versos como “I still see your face in the dead of the night” (Ainda vejo seu rosto no meio da noite) e “my head is a mess” (minha cabeça está uma bagunça) deixam claro que o esquecimento é superficial. A metáfora “Run, rabbit, run / See you at Easter” (Corra, coelho, corra / Te vejo na Páscoa) traz uma ironia sobre a fuga e a possibilidade de reencontro, sugerindo que os sentimentos podem ressurgir, assim como a renovação associada à Páscoa. O verso “The less that I love, the better off that I am” (Quanto menos eu amo, melhor eu fico) resume o desejo de autopreservação, mas também revela o conflito entre razão e emoção. "4:25" retrata, de forma honesta e irônica, o processo doloroso de lidar com o fim de um relacionamento, oscilando entre apego, arrependimento e a tentativa de se proteger.