Eu e o Mar

O mar como consolo e saudade em “Eu e o Mar”

A música “Eu e o Mar”, da Banda AR 15, transforma o mar em uma metáfora direta para a ausência e a saudade de um amor. Elementos naturais como a brisa, o som das ondas e o pôr do sol são usados para representar lembranças sensoriais do relacionamento, como se o ambiente ao redor pudesse, por instantes, substituir a presença da pessoa amada. Isso aparece em versos como “Sua brisa a me tocar / Como se fosse os carinhos seus” e “O barulho das ondas / São os teus sussurros na hora do amor”, mostrando que o mar não é apenas cenário, mas um elo emocional entre quem sente falta e quem está distante.

O contexto do tecnomelody paraense, conhecido por valorizar sentimentos intensos e a expressão direta da saudade, reforça o tom emotivo da canção. A solidão do eu lírico é marcada pela repetição do ciclo do dia, do pôr do sol ao amanhecer, sem que o reencontro aconteça, como em “Amanheceu, não te vejo / Continuo sozinho”. O pedido final para que o mar traga de volta o amor perdido resume o desejo de reencontro e a esperança que resiste mesmo diante da ausência. Assim, “Eu e o Mar” expressa de forma clara e sensível como o ambiente natural pode servir de consolo e manter viva a lembrança de quem se ama.