
A Cura
Banda Calypso
Carência e urgência afetiva em “A Cura”, da Banda Calypso
Em “A Cura”, lançada em 2010 no álbum 15 Anos - Vol 2, a Banda Calypso transforma a linguagem do cuidado médico em súplica amorosa: o amor vira “cura” e a falta dele abala o corpo. O contraste entre a dor cantada e a base dançante — marca do grupo desde 1999, quando passou a misturar ritmos do Pará com o pop romântico — evidencia o drama de um amor ausente, sem perder a comunicação direta com o público.
O sentido é claro: só a pessoa amada “tem a cura pra essa dor”. A letra desenha uma espera que se prolonga, como em “Vou ficando esperando esse amor” e no refrão que reforça a ausência: “Que não vem, não vem, não vem”. A repetição funciona como batida emocional, intensificando a urgência. As imagens dão corpo à carência: “meu corpo, quase morto” sinaliza exaustão afetiva e desejo paralisado; “que machuca, tritura, consome” traduz um sofrimento que corrói por dentro. Já “É amor, é paixão, é loucura, é céu, é trovão” reúne êxtase e tormenta, indicando que a relação promete paraíso e tempestade ao mesmo tempo. A “cura” opera em duplo sentido: é o remédio da presença e também a descarga sensorial do encontro, concentrada no apelo direto “Diz que vem, não diz não / Traz a cura pro meu coração”. O resultado é um retrato confessional de carência, desejo e esperança, típico do romantismo popular da Banda Calypso, em que o corpo sente primeiro e a música transforma o pedido em urgência absoluta.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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