
Morgadinha Dos Canibais
Banda do Casaco
Crítica social e ironia em “Morgadinha Dos Canibais”
Em “Morgadinha Dos Canibais”, a Banda do Casaco utiliza a ironia para desconstruir a imagem idealizada de Portugal. Logo no início, a música contrapõe a visão do país como um “jardim” com a realidade menos encantadora, questionando essa fantasia através do verso repetido: “Morgadinha quem te disse a ti que a tua terra era um jardim”. A letra faz uso de aromas como “erva e alecrim” e “mar, cacau e a marfim” para criar uma atmosfera poética, mas logo desfaz essa ilusão ao afirmar: “Enganou-te / Trocou-te a gramática / Virou-te a fonética / Que a tua terra / Não cheira assim”. Assim, a banda critica a tendência de romantizar o país, mostrando que a realidade é bem diferente do que se costuma propagar.
O título da música faz referência ao romance “A Morgadinha dos Canaviais”, de Júlio Dinis, mas a Banda do Casaco subverte o sentido ao transformá-lo em “Morgadinha dos Canibais”. Com isso, sugere que, em vez de um paraíso, Portugal é um lugar onde as pessoas se devoram mutuamente, numa crítica direta à sociedade portuguesa da época. A menção a “Dinis” reforça a ligação com o autor e ironiza o orgulho nacional: “Dinis o diz, Dinis o quis / Muito senhor do seu nariz”. O verso “Canibais são a nós iguais” amplia a sátira, mostrando que todos compartilham das mesmas falhas e ilusões. A música, com seu humor ácido e mistura de elementos tradicionais e rock progressivo, desafia o ouvinte a repensar os mitos nacionais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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