Things We Lost In The Fire

Reflexões sobre perda e transformação em “Things We Lost In The Fire”

Em “Things We Lost In The Fire”, Bastille utiliza o fogo como uma metáfora poderosa para abordar perdas e mudanças profundas. O verso “I was the match and you were the rock / Maybe we started this fire” (“Eu fui o fósforo e você era a pedra / Talvez nós tenhamos começado esse fogo”) revela que a destruição retratada na música não é apenas resultado de fatores externos, mas também de ações e escolhas dos próprios envolvidos. Essa autocrítica sugere uma aceitação de responsabilidade pelo fim de uma relação ou de uma fase da vida.

A letra destaca o esforço de registrar o que foi perdido, como em “We sat and made a list / Of all the things that we had / Down the backs of table tops / Ticket stubs and your diaries” (“Sentamos e fizemos uma lista / De tudo o que tínhamos / No verso das mesas / Ingressos e seus diários”). Aqui, fica claro que as perdas vão além do material, envolvendo memórias e sentimentos. O fogo simboliza tanto o encerramento quanto a chance de recomeçar, reforçado pelo trecho “The future’s in our hands and we will never be the same again” (“O futuro está em nossas mãos e nunca mais seremos os mesmos”). O videoclipe, com seu clima onírico, reforça a ideia de que a perda é vivida de forma real e subjetiva, marcada por lembranças que permanecem. A presença da música em séries como “The Vampire Diaries” e “Grey’s Anatomy” amplia seu impacto, tornando-a trilha sonora de momentos de ruptura e transformação.