I'm a Mess

Vulnerabilidade e autoaceitação em "I'm a Mess" de Bebe Rexha

"I'm a Mess", de Bebe Rexha, aborda de forma direta as inseguranças e imperfeições da artista, transformando a autodepreciação em um ato de coragem e aceitação. A própria Bebe Rexha revelou que a música surgiu após um momento de desânimo causado por um amor não correspondido. Ao repetir frases como “I'm a mess, I'm a loser, I'm a hater, I'm a user” (Sou uma bagunça, sou uma perdedora, sou uma odiadora, sou uma usuária), ela expõe suas falhas sem filtros, mas também mostra força ao afirmar “I love me, yeah, I love myself anyway” (Eu me amo, sim, eu me amo mesmo assim). Essa honestidade é o ponto central da canção, mostrando que reconhecer as próprias vulnerabilidades pode ser um caminho para a autocompaixão.

A influência dos anos 90, especialmente pela interpolação de “Bitch” de Meredith Brooks, aparece na maneira como Bebe Rexha assume suas múltiplas facetas sem tentar esconder suas contradições. O refrão “I'm a mess for your love, it ain't new” (Sou uma bagunça por causa do seu amor, isso não é novidade) indica que esse padrão de se perder por amor é recorrente, mas agora ela encara isso com mais maturidade. O verso “Everything's gonna be alright, that's what my therapists say” (Tudo vai ficar bem, é o que meus terapeutas dizem) traz um toque de humor e mostra a importância da busca por ajuda profissional nesse processo de aceitação. O videoclipe, gravado em um teatro conhecido por ser mal-assombrado, reforça visualmente o clima de vulnerabilidade e superação. No final, "I'm a Mess" celebra a honestidade emocional e a coragem de se amar mesmo em meio ao caos.