
Cemitério
Belchior
Reflexão sobre igualdade e finitude em "Cemitério" de Belchior
Belchior inicia "Cemitério" com a desconstrução fonética da palavra "misericordiosamente", recurso que vai além do efeito sonoro. Essa escolha faz referência ao canto gregoriano, refletindo a formação religiosa do artista como frade capuchinho. O início solene remete aos rituais litúrgicos, criando um clima de reflexão sobre a finitude e a compaixão, temas centrais da música. A repetição das sílabas reforça a ideia de ciclo, sugerindo que a morte, tratada com respeito, é uma experiência universal e inevitável.
No verso “O cemitério é geral / E a morte nos faz irmãos”, Belchior destaca a igualdade imposta pela morte, que atinge a todos, independentemente de diferenças sociais, culturais ou geográficas. A letra mistura referências ao sertão e à cidade, como em “Campina grande, oi vereda, oi geral / Ê vila, ê cidadão”, mostrando que todos compartilham o mesmo destino, seja no interior ou na capital. Quando diz “Inté a capital que babiloniou”, o artista faz uma crítica à urbanização e à perda de identidade cultural, mas ressalta que a essência interiorana persiste. Assim, "Cemitério" propõe uma reflexão sobre pertencimento, identidade e a inevitabilidade da morte, unindo elementos religiosos, culturais e sociais de forma direta e sensível.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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