
Mote e Glosa
Belchior
Ironia e tradição em “Mote e Glosa” de Belchior
Em “Mote e Glosa”, Belchior utiliza a repetição da frase “é o novo” para ironizar a ideia de novidade na música e na cultura brasileira. O cantor questiona o que realmente pode ser considerado novo, especialmente em um contexto em que movimentos como a Bossa Nova já demonstravam sinais de desgaste. Ao adotar a estrutura da poesia nordestina, em que o "mote" é desenvolvido pela "glosa", Belchior reforça o contraste entre tradição e inovação, mostrando que até o que se apresenta como novidade pode estar preso a padrões antigos.
As imagens presentes na letra, como “passarim no ninho (tudo envelheceu)” e “cobra no buraco (palavra morreu)”, indicam que até símbolos de renovação e vida já perderam seu frescor ou significado. Quando Belchior insiste em “me diga qual é o novo”, ele provoca tanto o público quanto o meio artístico, expondo a dificuldade de criar algo realmente original. Dessa forma, a música se transforma em um manifesto sobre a busca por autenticidade e a desconfiança diante de modismos que se autoproclamam inovadores, mas que, na verdade, apenas repetem fórmulas já esgotadas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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