
Não Leve Flores
Belchior
Reflexão sobre resistência e desencanto em “Não Leve Flores”
Em “Não Leve Flores”, Belchior faz uma crítica direta à celebração precipitada de vitórias e à ideia de que o passado está superado. Quando ele diz “não leve flores para a cova do inimigo”, usa a ironia para alertar que problemas antigos podem ressurgir, especialmente em contextos de repressão e desilusão, como o vivido durante a ditadura militar brasileira, tema central do álbum “Alucinação”. O verso “as lágrimas dos jovens são fortes como um segredo, podem fazer renascer um mal antigo” reforça que as frustrações da juventude têm força para reavivar conflitos sociais e pessoais não resolvidos.
A música também aborda o impacto negativo do dinheiro e das pressões externas, que afastam amigos e enfraquecem sonhos coletivos: “o dinheiro é cruel e um vento forte levou os amigos para longe das conversas, dos cafés e dos abrigos”. Essa imagem traduz a sensação de perda e desencanto de uma geração que viu seus ideais de transformação social serem frustrados. Apesar disso, Belchior destaca a resistência encontrada na arte, como em “palavra e som são meus caminhos pra ser livre”, mostrando que a expressão artística é uma forma de liberdade. O tom irônico aparece novamente em “sempre é dia de ironia no meu coração”, indicando a importância de manter o senso crítico diante das adversidades. No fim, a canção reafirma a necessidade de resistir e se expressar, mesmo diante das derrotas, mantendo viva a esperança e a luta.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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