Negra Angela

Celebrando a força e beleza em “Negra Angela” de Belo

A música “Negra Angela”, interpretada por Belo, destaca-se por transformar a mulher negra em um símbolo de beleza, poder e inspiração, rompendo com estereótipos tradicionais. Ao chamá-la de “negro anjo”, a canção atribui à personagem uma aura de divindade e respeito, algo significativo em um contexto social que muitas vezes marginaliza a negritude e a feminilidade. O verso “Ela negra negritude que fascina / Senhora menina, menina senhora me descontrolou” evidencia a admiração do narrador pela força e delicadeza da mulher retratada, valorizando tanto sua maturidade quanto sua juventude.

A repetição de “anjo negro lindo anjo” reforça o fascínio e o impacto emocional que Negra Ângela provoca. O histórico da música, que foi popularizada por Neguinho da Beija-Flor antes de ser regravada por Belo, contribui para seu status de clássico do samba romântico, celebrando a autoestima e a valorização da mulher negra. Versos como “Aquele corpo inteiro / Me deixou cabreiro / E esse instinto masculino vive a me cobrar” expressam desejo e admiração, mas sem objetificar, mantendo o tom de respeito e encantamento. Dessa forma, “Negra Angela” se consolida como uma homenagem sensível à beleza, força e relevância cultural da mulher negra.