Conjuring The Dead

A Invocação dos Mortos: Um Mergulho no Oculto e no Profano

A música 'Conjuring The Dead' da banda Belphegor é uma imersão profunda no universo do ocultismo e do satanismo, temas recorrentes no gênero do black metal. A letra é carregada de imagens sombrias e violentas, começando com a descrição de olhos virginais sendo rasgados e gargantas cortadas, o que estabelece um tom de brutalidade e sacrifício. Essas imagens são metáforas para a destruição da inocência e da pureza, substituídas por uma obsessão encarnada e um desejo insaciável por poder e controle.

O refrão 'Conjuring the dead – ancient tongue of shadows' sugere a prática de rituais antigos e proibidos, invocando forças das trevas. A repetição da frase 'give yourself to sathan' é um chamado à rendição total ao mal, à entrega de si mesmo a Satanás. A música explora a ideia de transformação através do sofrimento e da dor, como indicado pelos versos 'Transmit – this burning torment' e 'Bleeding – clawing at the walls'. Esses versos evocam uma sensação de desespero e agonia, mas também de um poder emergente que se manifesta através desses rituais.

Belphegor, conhecida por suas letras provocativas e performances intensas, utiliza 'Conjuring The Dead' para desafiar as normas religiosas e sociais, glorificando o profano e o obsceno. A linha 'I am crowned by the obscene' e 'I am the lord of all poison' reforça a ideia de que o narrador se vê como uma figura de autoridade no reino do pecado e da corrupção. A música, portanto, não é apenas uma celebração do mal, mas também uma crítica à hipocrisia e à dogma religiosa, como sugerido pelo verso 'priest collapsing dogma'. Em suma, 'Conjuring The Dead' é uma obra que explora a dualidade entre o sagrado e o profano, a pureza e a corrupção, através de uma lente sombria e provocativa.