Ah! Como Eu Amei

Reflexão sobre amor e tempo em “Ah! Como Eu Amei”

“Ah! Como Eu Amei”, de Benito Di Paula, explora de forma direta como o amor pode ser ao mesmo tempo motivo de felicidade e de sofrimento, deixando marcas profundas na vida de quem o sente. O verso “O amor que eu tenho / Guardado no peito / Me faz ser alegre / Sofrido e carente” resume bem essa dualidade, mostrando que o sentimento vivido foi intenso, mas também trouxe saudade e arrependimento. A canção reflete sobre o amor e a passagem do tempo, abordando lembranças, envelhecimento e a sensação de não ter sido perfeito, como em “Tem dias que eu paro / Me lembro e choro / Com medo eu reflito / Que não fui perfeito”.

A repetição do refrão “Ah! Como eu amei” funciona como um lamento nostálgico, reforçado pela interpretação emotiva de Benito Di Paula, que transformou a música em um clássico do samba romântico. Metáforas simples, como “Eu sonho, sou verso / Sou terra, sou Sol / Sentimento aberto”, mostram a entrega total ao amor e como esse sentimento moldou a identidade do narrador. O envelhecimento e o cansaço, presentes em “Meu corpo cansado / E eu mais velho / Meu sorriso / Sem graça, chorou”, reforçam que o tempo passou, mas o amor vivido permanece como uma lembrança marcante, cheia de emoção e aprendizado. Assim, a música se destaca como uma homenagem ao amor que resiste ao tempo, mesmo com as imperfeições e dores do passado.