Homem Da Montanha

Saudade e raízes familiares em “Homem Da Montanha”

Em “Homem Da Montanha”, Benito Di Paula expressa de forma clara a saudade e o conflito de identidade que sente ao deixar Nova Friburgo, sua cidade natal, para viver na cidade grande. A repetição do verso “Estou na cidade grande / E a saudade é tamanha” destaca não só a nostalgia, mas também o desconforto diante da vida urbana, distante da simplicidade e do aconchego das montanhas. Ao se autodenominar "homem da montanha", Benito reafirma suas origens e o desejo de manter viva a ligação com sua terra.

A menção direta aos pais, “Meu pai se chama José / Mamãe se chama Maria”, reforça o vínculo afetivo e a importância da família em sua formação. A referência à “festa de Rei” conecta a música às tradições de Folia de Reis, típicas de Nova Friburgo, e remete à infância do artista, marcada por liberdade e alegria. O verso “Hoje não existe trem na cidade / Mas existe o meu amor” funciona como uma metáfora para as mudanças do tempo: mesmo com as transformações da cidade, o sentimento de pertencimento e amor pelas origens permanece forte. “Homem Da Montanha” se destaca como uma homenagem à memória afetiva, às raízes e à cultura local, temas que ganharam ainda mais significado após as homenagens recentes feitas a Benito em sua cidade.