Como

A Dualidade do Amor em 'Como' de Benjamin Amadeo

A música 'Como' de Benjamin Amadeo explora a complexidade e a dualidade do amor, abordando tanto a dor quanto a ressurreição emocional que ele pode trazer. A letra começa com a perda de algo significativo, simbolizado pelo 'selo' que o narrador deu às escolhas que fez. Esse selo representa a autenticidade e a profundidade das decisões tomadas, e sua perda sugere uma crise de identidade ou de propósito. A metáfora do 'filo das coisas' indica a delicadeza e a precisão das escolhas, que podem ser tanto cortantes quanto sutis.

O refrão da música questiona como é possível sentir que se pode morrer de amor e como se pode respirar ao ter que admitir que prefere uma ilusão a entregar o coração. Essa dualidade reflete a luta interna do narrador entre a segurança de uma ilusão e a vulnerabilidade de um amor verdadeiro. A frase 'si lo que me mataba hoy me resucitó' encapsula essa contradição, sugerindo que o que antes causava dor agora traz uma nova vida ou perspectiva.

A música também aborda a ausência e a presença do ser amado, criando um paradoxo onde o narrador pede para a pessoa não vir, mesmo sentindo sua falta. Isso reflete a confusão e a ambivalência emocional que muitas vezes acompanham relacionamentos intensos. A letra, portanto, é uma meditação sobre a natureza transformadora do amor, que pode tanto destruir quanto reviver, e sobre a dificuldade de equilibrar esses sentimentos opostos.