COZY

Autoaceitação e orgulho em "COZY" de Beyoncé

Em "COZY", Beyoncé transforma experiências de dor e superação em orgulho e celebração. Ao afirmar “Dancin' in the mirror, kiss my scars / Because I love what they made” (Dançando no espelho, beijo minhas cicatrizes / Porque eu amo o que elas fizeram), ela valoriza suas cicatrizes como parte fundamental de sua identidade, promovendo a autoaceitação. O sample da ativista trans Ts Madison, com a frase “bitch, I'm black” (vadia, eu sou preta), reforça a conexão com as comunidades negra e LGBTQ+, ampliando a mensagem de inclusão e orgulho que permeia a música.

A letra destaca a diversidade de tons de pele e identidades ao citar as cores da bandeira do Orgulho Progressista: “I'm dark brown, dark skin, light skin, beige / Fluorescent beige, bitch, I'm black” (Sou marrom escuro, pele escura, pele clara, bege / Bege fluorescente, vadia, eu sou preta). A produção, influenciada pelo house de Chicago e com colaboração de Honey Dijon, mulher trans negra, reforça o compromisso da faixa com a representatividade. O verso “Might I suggest you don't fuck with my sis” (Posso sugerir que você não mexa com minha irmã) faz referência ao episódio entre Solange Knowles e Jay-Z, mas também funciona como um aviso protetor e solidário, ampliando o sentido de irmandade.

Com frases como “I love myself, goddamn” (Eu me amo, caramba) e “That's how God made me” (Foi assim que Deus me fez), Beyoncé resume o espírito de empoderamento e autoestima. "COZY" se torna um hino de resistência, orgulho e celebração das diferenças, convidando todos a se sentirem confortáveis em sua própria pele, independentemente das adversidades.