True Blue (Unreleased)

A dor autêntica do término em “True Blue (Unreleased)”

Em “True Blue (Unreleased)”, Billie Eilish explora a tristeza genuína após o fim de um relacionamento. A repetição de “I'm so blue” (“Estou tão triste”) não só expressa uma dor profunda, mas também reforça a autenticidade desse sentimento, já que “true blue” pode ser entendido como “genuinamente triste” ou “tristemente verdadeiro”. O contexto da composição revela que Billie escreveu a música enquanto enfrentava dificuldades para superar um término, o que se reflete em versos como “Lights out / You're not here holding me / I count / Every tear down my cheek / Instead of sheep” (“Luzes apagadas / Você não está aqui me abraçando / Eu conto / Cada lágrima descendo pelo meu rosto / Em vez de carneirinhos”). Aqui, a insônia é substituída pelo choro, mostrando como a ausência do ex-parceiro domina seus pensamentos.

A letra também traz imagens de solidão e tentativas frustradas de seguir em frente, como em “Sleep walk / Find myself on your street / Three knocks / Ring the bell then I leave” (“Sonâmbula / Me encontro na sua rua / Três batidas / Toco a campainha e vou embora”). Esse trecho sugere o desejo de reaproximação, mas também a incapacidade de retomar o contato, reforçando o ciclo de saudade e afastamento. O refrão “I tried to live in black and white, but I'm so blue” (“Tentei viver em preto e branco, mas estou tão triste”) usa uma metáfora visual para mostrar a tentativa de ser racional e indiferente, mas a tristeza acaba prevalecendo. A canção foi posteriormente revisitada e incorporada a “Blue” no álbum “Hit Me Hard and Soft”, conectando-se a outros temas de perda e melancolia presentes no disco, o que reforça a centralidade da dor do término na obra de Billie Eilish.