Only The Good Die Young

Provocação e crítica religiosa em “Only The Good Die Young”

Em “Only The Good Die Young”, Billy Joel usa o nome "Virginia" como um trocadilho com "virgem" para estabelecer um tom provocativo desde o início. A música aborda a repressão sexual e as restrições impostas pela religião, especialmente sobre jovens mulheres católicas. Trechos como “You Catholic girls start much too late” (“Vocês, garotas católicas, começam tarde demais”) e “The stained-glass curtain you’re hiding behind never lets in the Sun” (“A cortina de vitral atrás da qual você se esconde nunca deixa o sol entrar”) ilustram como tradições religiosas podem criar barreiras entre o desejo e a liberdade individual.

A canção ficou conhecida pelo seu tom descontraído e irônico ao tratar de temas como virgindade e rebeldia contra normas religiosas. O refrão “Only the good die young” (“Só os bons morrem jovens”) sugere que seguir regras rígidas pode fazer com que se percam experiências importantes da vida, enquanto quem se arrisca aproveita mais. Billy Joel já declarou que a intenção era valorizar o prazer e a liberdade, não atacar a religião, mas reconheceu o viés egoísta do personagem masculino, que tenta convencer Virginia a ceder aos seus desejos. A letra também reforça a ideia de que “os pecadores se divertem mais” (“I’d rather laugh with the sinners than cry with the saints / The sinners are much more fun” – “Prefiro rir com os pecadores do que chorar com os santos / Os pecadores são muito mais divertidos”), destacando o espírito questionador e irreverente da música.