E Se Eu Morrer (part. Nill)

Celebração da vida e legado em "E Se Eu Morrer (part. Nill)"

"E Se Eu Morrer (part. Nill)", de BK', propõe uma visão diferente sobre a morte, transformando o luto em celebração. No refrão, BK' pede: “E se eu morrer / Não é pra chorar / Deixa o meu som tocar / A cerveja a gelar / 7 tiros pro ar / Lembre de mim pelo soldado que sou”. Ele deixa claro que quer ser lembrado com festa, música e respeito à sua trajetória, valorizando a cultura periférica que celebra a vida mesmo diante da perda. O trecho “7 tiros pro ar” faz referência a homenagens tradicionais em velórios de pessoas respeitadas, reforçando a ideia de que, apesar das dificuldades, BK' conquistou seu espaço e merece ser lembrado como um guerreiro.

O contexto do EP "Cidade do Pecado" aparece quando BK' fala sobre erros e acertos: “Perdoem os meus erros / Mas precisei cometê-los / Pra dobrar os dinheiros / Nunca dobrar os joelhos”. Ele assume que as falhas fazem parte do processo de sobrevivência e ascensão na periferia, onde a ambição é tanto uma necessidade quanto um risco. A “cidade do pecado” representa um ciclo difícil de quebrar, marcado por prazeres, tentações e perigos. Nill reforça essa mensagem ao pedir que sua música e ideologia sejam celebradas após sua partida, mostrando que o verdadeiro legado está na arte e na resistência cultural.

A letra também revela o lado pessoal e vulnerável de BK', como em “Meus demônios se libertaram / Sempre caindo em tentações eu não aguento ser testado”. Isso mostra que, apesar da postura de soldado, ele enfrenta dilemas internos e tentações constantes. O pedido para transformar o luto em festa é uma forma de eternizar sua história e a cultura periférica, mantendo viva a memória e a luta de quem veio antes.