
Avatar
Black Style
Carnaval e duplo sentido em “Avatar”, do Black Style
Em “Avatar”, o Black Style usa a ideia de ser “de outro mundo” como passaporte para liberar a farra da pista. A figura do “avatariano” funciona como identidade alternativa e carnavalesca: quem entra nesse jogo suspende as regras “terrenas” e só curte som e festa. Isso aparece na estrutura típica do pagode baiano em que o grupo se destaca: repetição intensa, comandos de palco como “baixinho”, “a metade” e “levanta a mão”, e chamamentos que geram coro e coreografia coletiva. O refrão com “...êêêêta” age como uma espécie de censura performática, abrindo um espaço para o público completar mentalmente com conotações sexuais sem que a palavra seja dita, mantendo a malícia no campo da brincadeira.
A letra também provoca com “Se o mundo é gay / Ele não me aceita”, um exagero cômico que marca a persona heterossexual desejante e outsider. Hoje, essa escolha pode soar excludente, mas dentro da lógica da festa ela funciona como gatilho para o jogo de duplo sentido que estoura no “...êêêêta”. A citação “Boi, boi, boi, boi da cara preta” reapropria a cantiga infantil em tom de deboche adulto (“pega esse menino que não gosta de ...”), misturando inocência e malícia para arrancar risadas e engajar a plateia. No conjunto, a narrativa é mínima e o efeito vem do mantra rítmico, das onomatopeias e do convite constante para o público completar lacunas e dançar junto — um cartão de visitas do pagode baiano que o Black Style domina com eficiência.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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