5 de Fevereiro de 2022, às 19:00
Dos gramofones à plataformas de streaming, a forma de ouvir música mudou bastante ao longo do tempo. Contudo, quando pensamos pelo lado comercial, existem termos que perduram, como é o caso dos singles, EP’s e álbuns.
Mais que nomenclaturas, esses formatos impactam a forma como os artistas planejam seus projetos musicais, da etapa de composição ao lançamento físico e virtual. O resultado final por trás disso são trabalhos marcantes, que logo se transformam em itens de colecionador.
Mas, afinal de contas, qual é a diferença entre álbum, EP e single? Fique com a gente para conferir!
Sabe aqueles conceitos que à primeira vista parecem simples, mas no fundo possuem mais camadas do que imaginamos? Eles aparecem quando falamos da diferença entre álbum, EP e single.
Essa dúvida é maior se você é um artista que está pensando em debutar no mundo da música. É preciso decidir se a campanha de lançamento irá conter os famosos singles promocionais ou se você vai chegar com o pé na porta com um álbum completo na estreia.
A diferença entre os formatos diz respeito basicamente ao número de faixas e ao tempo de duração do projeto, algo que hoje em dia é pautado por plataformas como a Apple Music e o Spotify. Então, partiu conhecer as características de cada um deles?
Popularmente, o single é conhecido por ser aquela faixa individual que introduz uma nova era de um artista, apresentando a sonoridade, as temáticas e estéticas que serão lançadas futuramente.
Além disso, o single tem curta duração, o que facilita a comercialização para rádios e a reprodução nos streamings. Em resumo, é o convite para a festa.
A real é que o single é muito mais que isso: eles compreendem de 1 a 3 faixas lançadas em conjunto, cuja duração não pode passar de 30 minutos. Vale salientar que exclusivamente na Apple Music, as canções também podem ter no máximo 10 minutos de extensão. Por isso, o single compreende versões diferentes da mesma música, como o remix oficial ou a edição mais curta para as rádios.
O formato começou a ganhar o público no auge do rock, com a chegada de discos de 45 rpm, mais compactos que continham o single, ou seja, uma música.
Na mesma época, bandas como os Beatles aproveitavam a febre de seus lançamentos para trazer um single com um lado A e lado B: enquanto o A tinha a famosa Yesterday, o B apresentava I Should Have Known Better, por exemplo.
Hoje em dia, cada vez são apresentados mais singles antes do lançamento dos álbuns, vistos como projetos mais complexos. Dessa forma, com as músicas avulsas fica mais fácil preparar o terreno para as novidades e medir a empolgação dos fãs.
Abreviação para Extended Play, o EP é considerado uma versão intermediária entre os singles e os álbuns.
A categorização que marca a diferença do EP em relação aos demais formatos é a seguinte:
No Spotify:
Na Apple Music / iTunes
Como dá para perceber, existem similaridades entre o single e o EP, mas o formato estendido geralmente conta com mais canções, e por isso, tem uma identidade sonora e visual mais próxima do álbum.
Pela característica de ser o irmão do meio, o EP é um dos queridinhos de cantores e bandas independentes, que buscam seu lugar ao sol, mas ainda não possuem investimento suficiente para a criação de álbuns.
Os EPs podem marcar a estreia de um talento no mercado ou mesmo ser utilizado como um respiro entre dois álbuns. Dessa maneira, eles podem ser compostos por gravações totalmente inéditas ou mesmo misturar novidades, regravações e versões acústicas de grandes sucessos do artista.
Essa estratégia funcionou muito bem para o rei Roberto Carlos, que em 2012 lançou o EP Esse Cara sou Eu. Além da faixa-título, o disco tinha mais 3 canções, e fez enorme sucesso, vendendo mais de dois milhões de cópias.
Enquanto o single e o EP dão o gostinho do que vem por aí, o álbum é a estrela principal do show e o projeto planejado pelos artistas com mais cuidado e por isso é o que gera enormes expectativas nos fãs.
Como diferença entre EP e singles, os álbuns são aqueles que contam com mais de 30 minutos de duração ou então têm acima de sete canções.
Embora muitos sejam lembrados pela grande quantidade de músicas, eles podem ser mais curtos, como foi o caso do Patroas 35%, que uniu as estrelas do feminejo Marília Mendonça e a dupla Maiara e Maraísa.
O projeto tem apenas 29 minutos de duração, porém como são 9 músicas, ele é categorizado com álbum e se tornou ainda mais especial por ser o último trabalho da Rainha da Sofrência.
Pelo maior investimento tanto na produção quanto na divulgação, os álbuns costumam contar histórias mais grandiosas e explicar as ideias e experimentações por trás das músicas, algo que é refletido nos clipes, apresentações e na identidade visual como um todo.
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Nesse rolê, não podemos esquecer das mixtapes e dos álbuns deluxe, que também são meios de divulgar novos projetos.
A diferença entre o single, EP e álbum para a mixtape é a liberdade criativa e acessibilidade que esse último meio promove.
Como o nome indica, as mixtape surgiram a partir das fitas K7 e eram bastante utilizadas pelos artistas de hip hop e rap nos anos 70 que queriam expandir seu alcance musical, a partir das experimentações e composições próprias.
A essência do formato era a mixagem feita pelos DJ, trazendo algo fresco para músicas já conhecidas ou colaborações entre artistas de diferentes estilos, como o pop e o rap.
As mixtapes geralmente contam com 10 a 15 faixas e são disponibilizadas em meios online gratuitamente ou a baixo custo, facilitando o alcance do trabalho ao público. A partir da repercussão, as mixtapes funcionam como porta de entrada para a indústria musical.
Grandes rappers como Drake, The Weeknd, Lil Wayne ganharam destaque por suas mixtapes. E não podemos deixar de lado Nicki Minaj, que ganhou projeção nos EUA a partir de seu trabalho em Beam Me Up Scotty.
O álbum deluxe nada mais é que uma edição mais completa do disco, que inclui músicas que foram deixadas de fora em um primeiro corte, novas parcerias, versões ao vivo ou remix.
Por entregar novidades em relação ao projeto original, o álbum deluxe funciona como um bônus aos fãs, o que com o passar do tempo, acaba virando uma versão de colecionador.
Como modelo, podemos citar a versão Deluxe do álbum Lover, de Taylor Swift, que além de versões voz e piano, veio com sessões de composição da artista, poster e conteúdos exclusivos.
Existem discos que se tornaram clássicos por suas poucas edições e se tornaram ainda mais desejados e impactantes. Por isso, decidimos contar as histórias por trás desses vinil raros e incríveis! Confira!
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