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The Beatles: a biografia da maior banda da história da música

Biografias · Por Mateus Pereira Silveira

6 de Junho de 2020, às 12:00

O mundo musical é dividido por várias eras, cada uma marcando o surgimento de um novo ritmo ou estilo que vai influenciar os próximos artistas, certo?

Seguindo essa lógica, é impossível olhar para o rock e não pensar na maior banda do gênero: sim, estamos falando dos Beatles

The Beatles
Créditos: Divulgação

Formado por quatro jovens de Liverpool, o grupo mudou o comportamento dos cantores dentro e fora do palco, revolucionando os conceitos dos discos, apresentações, moda e composições e fazendo que os nomes de seus integrantes jamais fossem esquecidos: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. 

Em uma década juntos, os cantores transformaram a banda em uma marca valiosa, um símbolo da cultura pop, batendo recordes de vendas e lançando músicas que são icônicas até hoje.

Quer saber como todo esse fenômeno surgiu? Então vem com a gente e conheça a história do The Beatles!

De Quarrymen a The Beatles: como tudo começou 

Toda trajetória bem sucedida tem um pontapé inicial e uma pessoa responsável por isso. No caso dos Beatles, foi John Lennon. 

A música sempre esteve presente na vida de John, desde os tempos em que ele frequentava os saraus do orfanato que ficava próximo de onde morava e que inspirou o clássico Strawberry Fields Forever.

Já na escola Quarry Bank High School, Lennon criou com seus colegas sua primeira banda em 1957, The Quarrymen. Apaixonados pelo rock n’ roll, os jovens seguiram a vibe que fazia sucesso no momento e tocavam suas músicas misturando o gênero com o skiffle, uma mistura de jazz e blues. 

The Quarrymen
The Quarrymen / Créditos: Divulgação

No mesmo ano, Paul recebeu o convite para integrar o conjunto e um ano depois, o guitarrista George Harrison foi o novo membro. Sem baterista fixo, o grupo fazia suas apresentações em clubes de Liverpool e Hamburgo, duas cidades fundamentais para a definição da personalidade dos Beatles. 

Enquanto isso, Ringo participava de outras bandas e chegou a tocar ocasionalmente com seus futuros companheiros. Em 1962, ele foi chamado a fazer parte do The Beatles e estava composto o quarteto que conquistaria o mundo

The Beatles
Créditos: Divulgação

No meio disso, veio a mudança de nome. A ideia foi pegar a palavra beat, algo como compasso e batida, e fazer um trocadilho com besouro, ou The Beatles, um nome que ficou marcado na história. 

Liverpool e Hamburgo: lugares inspiradores 

As semelhanças entre Liverpool e Hamburgo vão além de ambas serem cidades portuárias. Cada uma no seu aspecto foi impactante e moldou o jeito como The Beatles se mostrou para o público.

As primeiras oportunidades para performar diante do público foram em Liverpool, cidade natal dos garotos. Os shows iniciais em clubes noturnos eram o palco ideal para colocar o rosto diante dos holofotes e se tornarem conhecidos no cenário musical. 

Na cidade, a casa do quarteto foi o The Cavern Club, local em que eles conheceram o empresário Brian Epstein, figura importante para mudar o comportamento e visual da banda, dando uma aparência mais séria e profissional. 

The Cavern Club
The Cavern Club / Créditos: Divulgação

Por sua vez, as viagens para Hamburgo marcavam as primeiras “turnês” do The Beatles. As estadias na cidade alemã eram exaustivas, com compromissos a toda noite.

Na época, eles adotavam uma postura mais rebelde, com cabelos à la James Dean e figurinos todos de couro, algo um tanto bizarro. 

The Beatles
Créditos: Divulgação

O convívio com a fotógrafa Astrid Kirchherr, namorada de Stuart Stucliffe, então membro da banda, trouxe uma nova perspectiva de estilo.

O penteado mudou, com uma franja para a frente. O corte, junto com a roupagem sugerida por Epstein virou sinônimo de moda e referência copiada por jovens de todos os lugares

O primeiro álbum e a Beatlemania

Com propósitos, identidade visual e linguagem musical definidos, os Beatles estavam prontos para ultrapassar as fronteiras da Inglaterra.

No final de 1962, eles lançaram a faixa que seria um dos primeiros clássicos: Love Me Do.

O single foi distribuído em um compacto junto com a música P.S. I Love You e entrou nas paradas do Reino Unido.

O som tocado pela banda mantinha as características do rock, mas conseguiu dar um tom moderno, romântico e popular, despertando a atenção dos fãs. 

A gravação dos dois primeiros discos, o Please Please Me e o With The Beatles, só fez aumentar o alcance do grupo e o carisma de John, Paul, George e Ringo já cativava as fãs, que iam ao delírio com as apresentações ao vivo ou na televisão. 

Capa do álbum Please Please Me, dos Beatles
Capa do álbum Please Please Me / Créditos: Divulgação

A beatlemania chegou quando os americanos também foram atraídos pelo fenômeno da banda. A partir de I Want To Hold Your Hand, as canções dos Beatles se alternavam em primeiro lugar nas rádios e travessia do atlântico era uma questão de tempo. 

Em 1964, os Beatles pisaram pela primeira vez nos Estados Unidos e isso foi um acontecimento sem precedentes. Uma multidão de 3 mil fãs os receberam no aeroporto de Nova York e dias depois, mais de 13 milhões de pessoas acompanharam a curta participação da banda no programa Ed Sullivan Show

A passagem fenomenal deles pela América do Norte foi importante não somente para a própria carreira dos Beatles, mas igualmente significativa para outras bandas inglesas como The Who, The Rolling Stones e Led Zeppelin estourarem nos EUA, marcando a invasão britânica musical no país. 

Os Beatles experimentam novos horizontes

O reconhecimento não vinha apenas do público. A crítica, igualmente, se rendia à vocação dos garotos de Liverpool. Ótimos vocalistas, instrumentistas e marketeiros pessoais, eles tinham ao seu favor a genialidade uma dupla: John e Paul. 

John e Paul
Créditos: Divulgação

Inventivos, originais e arrojados, eles não apenas escreviam músicas, eles contavam estórias. E George Harrison seguia os passos dos amigos e despontava como um ótimo compositor. 

Estabelecidos artisticamente, era o momento de experimentar. Nos trabalhos seguintes, é notável as influências do folk, do blues, e da sonoridade psicodélica em canções como Tomorrow Never Knows, Yellow Submarine e Lucy In The Sky WIth Diamonds

Os materiais de divulgação seguiam o mesmo estilo: os Beatles ousavam nas capas dos álbuns e mudavam as tendências a cada nova aparição na mídia. Os posicionamentos políticos eram abordados mais abertamente e as críticas sociais ganhavam espaços nas canções. 

Nessa fase, o uso de drogas pelos integrantes não era nenhuma surpresa, mas falar abertamente em entrevistas tinha sua dose de polêmica.

Tido como um dos líderes da banda, Lennon não se poupava delas e não se esquivava de frases vistas como problemáticas, como a declaração de que os Beatles já eram maiores que Jesus Cristo. 

A frase foi tirada de contexto e causou desconforto nos mais religiosos. No entanto, o grupo não se preocupou tanto, até porque o sarcasmo e a irreverência dos membros era mais evidente.

Problematizações a parte, é inegável que esse período foi essencial para a carreira do grupo, que expandiu a criatividade dos artistas e resultou em projetos incríveis, como o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, álbum mais vendido dos Beatles e classificado como melhor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. 

The Beatles
Créditos: Divulgação

Crises e divergências criativas: o fim dos Beatles

Até hoje, surgem notícias que contam histórias ou trazem novidades sobre os fatos que causaram o rompimento entre John, George, Ringo e Paul. Eles não são poucos, mas a gente fez um resuminho básico para você saber. 

A morte do empresário Brian Epstein, por uma overdose acidental, em 1967, abalou os ânimos do grupo. Paul assumiu o papel de líder e tentava manter a chama dos Beatles acesa, mas egos e conflitos iam aos poucos apagando a vontade deles continuarem juntos. 

Enquanto Paul seguia o estilo workaholic, John apostava na liberdade criativa e o relacionamento com Yoko Ono o inspirava por esse caminho. 

John e Yoko
John e Yoko / Créditos: Divulgação

A presença da artista oriental nos ensaios e gravações tornava o contato desgastante e Ringo e George chegaram a abandonar os Beatles por diferentes motivos.

Sem turnês ou apresentações desde 1966, os encontros não eram tão pacíficos e foi nesse clima que o The Beatles/White Album foi gravado

Curiosamente, foi nessa época que as personalidades musicais ficaram mais claras e alguns dos maiores clássicos foram lançados: Hey Jude, Revolution e When My Guitar Gently Weeps.

O fim estava próximo, mas antes disso houve uma última e inesquecível apresentação pública em 1969, no terraço da gravadora, onde todo o entrosamento do quarteto voltou aparecer.

No entanto, cada um tinha um propósito e, um ano depois, Paul anunciou oficialmente o fim dos Beatles

Último show dos Beatles
Último show dos Beatles / Créditos: Divulgação

O sucesso solo

Geniais juntos, espetaculares em seus projetos individuais. Cada ex-Beatle seguiu um caminho único, estabelecendo suas identidades e mantendo o sucesso. 

Junto a sua parceira, John criou a Plastic Ono Band, com um apelo experimental e arrojado. A figura ativista aflorou e entre as músicas lançadas é impossível não citar Imagine, um hino da união e paz mundial. 

George Harrison já mostrava seu lado compositor nos trabalhos mais recentes dos Beatles e sozinho, arrasou ainda mais. No repertório do guitarrista estavam faixas como All Things Must Pass e parcerias incríveis com outros músicos. 

Por sua vez, Ringo sempre teve que lidar com o papel de coadjuvante ou o cara da bateria. Isso não o derrubou de forma alguma, e o autor de Octopus’s Garden foi premiado em muitas oportunidades e gravou 20 álbuns. 

E Paul McCartney dispensa apresentações. Condecorado pela rainha Elizabeth, ele teve show no Super Bowl, participou da abertura das Olimpíadas de Londres, mantêm seu nome em alta e encanta com sua classe e voz. 

Os Beatles foram sensacionais, e pensar na ausência de John e George causam um aperto no peito.

De qualquer maneira, o legado está registrado nos discos, CD’s e plataformas de streaming como a maior banda do planeta. 

É clássicos do rock que fala, né? 

Com os Beatles, deu para ter uma ideia de como a Inglaterra é um celeiro de talentos musicais.

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