Qual é a diferença entre cover, releitura e regravação? Descubra

Você sabe qual é a diferença entre cover, releitura e regravação? Embora os três conceitos sejam bem parecidos, existem particularidades que diferem uma técnica da outra.

Por isso, vamos desvendar agora o significado e as características de cada uma das formas de gravar versões diferentes de uma mesma faixa. Além disso, vamos falar também sobre direitos autorais e alguns casos que marcaram a história da música. 

Além de adquirir um conhecimento mais técnico, você também pode se preparar caso esteja querendo seguir carreira musical ou montar a sua própria banda.

Então, prepare-se para diferenciar cover, releitura e regravação, para não passar vergonha na roda de amigos ou se você está começando a carreira musical e pretende fazer as suas próprias versões de canções famosas. 

Descubra a diferença entre cover, releitura e regravação na música

Nem sempre um artista pode sair gravando uma música que já existe, simplesmente porque pensou em um novo ritmo que combina com a letra ou porque acha que o público vai curtir uma combinação inusitada de ritmos. 

Quando se trata de interpretar canções que já são famosas, é essencial que o cantor ou a banda conheça todos os detalhes sobre essa prática, até para saber se é necessário pagar direitos autorais ao compositor ou pedir autorização da gravadora para reproduzi-la nos shows. 

É por esses e outros motivos que é tão importante saber a diferença entre cover, releitura e regravação. Além de conhecer mais sobre os termos técnicos do mundo da música, você também pode evitar problemas com a justiça. Vamos lá? 

O que é um cover de uma música?

O cover acontece quando um músico ou uma banda reproduz a canção original de forma fiel, sem qualquer modificação na letra ou na melodia. Assim, a única mudança possível é quem canta e quem toca a música. 

Quando está iniciando a sua carreira e ainda é pouco conhecido pelo público, é muito comum que o artista faça covers de faixas famosas, para que as pessoas se interessem por sua apresentação. Dessa forma, ele vai mostrando o seu trabalho e pode mesclar as faixas conhecidas com canções autorais. 

No cover, o músico não precisa pagar direitos autorais para o intérprete de origem. Mas, caso ele seja contratado para fazer uma apresentação, é indicado que quem o contratou pague um valor ao ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), responsável por distribuir os direitos autorais das músicas aos seus autores. 

Diferença entre cover e tributo

Um conceito que dialoga com o cover é o do tributo, que acontece quando uma banda ou um artista se veste e se apresenta exatamente igual ao músico (ou músicos) que quer homenagear. 

Os figurinos, a maquiagem e até os trejeitos são idênticos ao original e, principalmente para artistas que já faleceram, pode ser uma boa oportunidade para os fãs curtirem a apresentação ao vivo de suas músicas preferidas. 

O que é uma releitura de uma música?

A releitura é bem parecida com o cover, mas tem as suas diferenças. Nela, a ideia central da música original se mantém, mas mudanças nos arranjos, nos acordes e na progressão inicial podem acontecer. 

É por isso que o remix e o mashup, muito comuns na internet, em plataformas como o TikTok e o YouTube, são considerados uma releitura. Afinal, a partir dessas técnicas, recortes sonoros de uma canção são usados para a criação de outra. 

Em relação aos direitos autorais, é necessário solicitá-los, para que o compositor autorize a mudança na música original. A versão em português de Imagine, gravada por Paulo Ricardo, é a única releitura dessa música no mundo autorizada pela viúva e herdeira de John Lennon, Yoko Ono. 

Aqui no Brasil, várias são as releituras lançadas ao longo dos anos. A banda Sambô, por exemplo, tem várias versões de músicas de rock ao som do samba. Apesar de manter a mesma letra, a melodia fica bem diferente com os acordes típicos de outro gênero musical. 

O que é uma regravação de uma música? 

Algumas pessoas chamam cover de regravação e até confundem com releitura. Mas, na linguagem técnica da música, existe diferença entre esses conceitos. Quando um artista ou uma banda faz uma regravação, isso quer dizer que foi feita uma nova gravação, após a apresentação inicial da obra.

É muito comum que a regravação aconteça, por exemplo, quando o músico muda de gravadora, não tem os direitos de reprodução de suas músicas e resolve regravar seus discos antigos, sob um novo selo.

Ou então quando a sua carreira já está mais consolidada e ele quer gravar novamente as faixas que ele já lançou, em condições mais favoráveis que as anteriores. 

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Taylor Swift, que mudou de gravadora e perdeu os direitos das canções dos seus seis primeiros discos. Assim, ela decidiu regravar todos eles, pelo selo da Republic Records. O primeiro lançamento dessa leva foi Fearless (Taylor’s Version), em 2021. 

Há também regravações que acontecem por motivos artísticos. É o caso de Jeff Lynne, da Electric Light Orchestra, que lançou um álbum solo, com músicas famosas da banda regravadas por ele, porque as originais não saíram do jeito que ele queria. 

A Inteligência Artificial também entrou na onda dos covers

A arte de reproduzir ou reformular músicas que já existem é bem antiga e, há muitas décadas, músicos de todo o mundo reproduzem hits ou transformam canções pouco conhecidas em grandes sucessos. 

Mas você sabia que, nos dias de hoje, existe uma ferramenta tecnológica que pode fazer covers, releituras e regravações no lugar dos seres humanos? Saiba tudo sobre covers de músicas criados por IAs na nossa seleção com os melhores e mais famosos até o momento.

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