9 de Março de 2025, às 12:00
Um dos maiores sucessos da soul music, a história de Killing Me Softly With His Song, de Roberta Flack, é marcada pela coincidência de uma viagem de avião.
Imagine, se a cantora não tivesse embarcado naquele voo de Los Angeles para Nova York, jamais conheceríamos esse clássico atemporal que atravessou gerações.

Isso porque, inicialmente, Killing Me Softly With His Song foi gravada pela cantora Lori Lieberman em 1971, para o seu disco de estreia.
Contudo, a música não teve notoriedade e foi através da voz de Roberta Flack, que faleceu recentemente aos 88 anos, que o mundo conheceu uma das melhores músicas de todos os tempos, indicada pela Rolling Stone e Billboard.
Quer saber mais sobre a história de Killing Me Softly With His Song? A gente te conta tudo a seguir!
Composta em 1971 por Charles Fox e Norman Gimbel, Killing Me Softly With His Song se tornou um dos maiores sucessos da soul music, gravada por diversos artistas.
Contudo, quem gravou primeiro Killing Me Softly With His Song foi a cantora Lori Lieberman. Na época, ela tinha apenas 20 anos e, para impulsionar o projeto de seu primeiro disco, a gravadora chamou o letrista Norman Gimbel e o pianista Charles Fox.
Lori teria se inspirado a escrever um poema após assistir a um show do cantor Don McLean, ao lado de uma amiga. Emocionada com a interpretação da canção Empty Chairs, Lori escreveu alguns versos e levou sua ideia para os parceiros de composição,Charles Fox e Norman.
Com a música pronta, a cantora gravou a faixa para o seu primeiro álbum, marcada por uma versão em estilo folk e com arranjos de violão.
A letra retrata a emoção de alguém ao se reconhecer completamente em uma música, como se cada verso contasse sua própria história, dores e conflitos. Apesar da profundidade da letra, a música gravada por Lori não fez muito sucesso.
Mas o destino tinha planos para mudar a história de Killing Me Softly With His Song. Tudo começou durante um voo de Los Angeles para Nova York. A cantora Roberta Flack ouviu a música pela primeira vez, se encantou e decidiu regravá-la.
Chegou a fazer um primeiro teste com a música ao dar uma palhinha durante a abertura de uma turnê de Quincy Jones. A cantora decidiu apresentar uma prévia de seu novo projeto, levando o público ao delírio.
A música entrou como faixa de abertura do quarto disco de estúdio da cantora, Killing Me Softly, lançado em 1973. Através da voz de Roberta Flack, o mundo conheceria Killing Me Softly With His Song.
Logo, a música se tornou simplesmente o maior sucesso comercial do ano, conquistando o #1 da Billboard Hot 100. Os feitos não param por aí: a cantora venceu o Grammys de Canção do Ano e de Melhor Performance Feminina de Vocal Pop.
Nos anos 90, mais precisamente em 1996, o trio de hip hop Fugees deu mais um capítulo à história de Killing Me Softly With His Song.
A música ganhou uma nova roupagem na maravilhosa voz de Lauryn Hill, que a gravou para o álbum The Score, o segundo e último disco de estúdio do Fugees.
O bacana é que tanto as versões do Fugees quanto a de Roberta Flack entraram para a lista das 500 melhores músicas da história. Artistas como Alicia Keys, Toni Braxton, Engelbert Humperdinck, Shirley Bassey, Susan Boyle, Herb Alpert, Eva Cassidy, entre tantos outros, também fizeram suas versões de Killing Me Softly With His Song.
Escrita em primeira pessoa, Killing Me Softly With His Song mostra o sentimento profundo de se encantar com uma performance que parece retratar o personagem. Quem nunca ouviu uma música ou leu um poema em que o autor descrevia tão bem nossas dores, fazendo a gente se identificar imediatamente?
É algo que acontece bastante nas criações artísticas, e foi como Lori Lieberman se sentiu ao ver Don McLean cantando Empty Chairs. A letra retrata essa experiência íntima de presenciar alguém narrando suas dores e angústias.
Strumming my pain with his fingers
Dedilhando minha dor com os dedos
Singing my life with his words
Cantando minha vida com suas palavras
Killing me softly with his song
Me matando suavemente com sua música
Killing me softly with his song
Me matando suavemente com sua música
Telling my whole life with his words
Contando minha vida inteira com suas palavras
Killing me softly with his song
Me matando suavemente com sua música
A experiência foi tão marcante que causou um certo embaraço em Lori. Ela se identificou tanto que parecia que o cantor tinha encontrado cartas suas. A conexão entre a ouvinte e a canção é tão intensa que chega a ser desconfortável, como se cada palavra fosse arrancada diretamente de seu íntimo.
Ela se sente tão vulnerável que chega a desejar que ele termine logo a apresentação. A forma sensível e transparente da letra, ao traduzir os sentimentos de Lori, reforça o poder transformador da arte e da música. Ela é capaz de ressoar de maneira muito pessoal para cada ouvinte.
I felt all flushed with feve
Eu senti que estava toda corada de febre
Embarrassed by the crowd
Envergonhada pela multidão
I felt he’d found my letters
Senti que ele havia encontrado minhas cartas
And read each one out loud
E lera cada uma delas em voz alta
I prayed that he would finish
Rezei para que ele terminasse logo
But he just kept right on
Mas ele simplesmente continuou
Além de emocionar com sua bela melodia, Killing Me Softly nos envolve em uma jornada de autoconhecimento, revelando verdades que talvez tentássemos esconder. No fim, é essa conexão profunda com a música que nos toca, nos transforma e, de certa forma, nos liberta.
Gostou de conhecer a história de Killing Me Softly With His Song, de Roberta Flack? Vamos seguir no clima da década e viajar pelas melhores músicas internacionais dos anos 70!





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