11 de Maio de 2025, às 12:00
Você sabe o que é ópera? Esse gênero artístico fascinante combina música, canto e teatro em uma expressão poderosa, para criar uma experiência cênica e emocional, capaz de transportar o público para mundos de paixão, drama, heroísmo e tragédia.

Da inspiração na Grécia Antiga às origens italianas durante o Renascimento, passando pelas modernizações ao longo dos séculos até chegar à era contemporânea, a ópera mantém sua relevância até os dias de hoje, reinventando-se por meio de novas produções.
Admirada por apaixonados pela música clássica e pelos entusiastas da dramaturgia, a ópera certamente é um gênero que continua sendo uma das mais sofisticadas formas de expressão artística da humanidade — e neste texto você vai descobrir tudo sobre ela!
Mas, afinal, o que é ópera? Trata-se de um gênero artístico que combina música, canto e teatro. Assim, em vez de o texto ser apenas falado, na ópera ele é quase inteiramente cantado, acompanhado por uma orquestra ou por um conjunto instrumental.
Dessa forma, o gênero combina diferentes linguagens artísticas — poesia, dramaturgia, música, artes visuais e, muitas vezes, dança — para criar uma experiência estética total, que busca comover e impressionar o público, por meio da fusão de som, imagem e emoção.
O termo deriva do latim “opus”, que significa “obra”, “trabalho”. Ou seja, é, em essência, uma grande obra, que une compositores, libretistas, cantores, músicos, diretores de cena, figurinistas e cenógrafos, para criar um espetáculo que transcende a música e o teatro.
A ópera se distingue por características próprias que a tornam única, a começar pelos elementos musicais que utiliza, como as árias, solos melódicos, nos quais os personagens expressam sentimentos intensos.
A estrutura também pode incluir recitativos, que aproximam a música da fala para conduzir a narrativa, coros, duetos, trios e outras formas de conjuntos vocais.
A orquestra acompanha os cantores e estabelece uma atmosfera emocional, sublinhando tensões dramáticas e dando vida ao mundo sonoro.
Estruturalmente, a ópera é dividida em atos e cenas, que podem incluir ou não diálogos falados, como ocorre na opéra comique francesa ou no singspiel alemão, o que torna as obras mais próximas de peças teatrais tradicionais.
O enredo segue uma lógica teatral, com exposição, conflito, clímax e desfecho, embora a música tenha igual ou maior importância do que a narrativa textual. Além disso, os espetáculos utilizam recursos como figurinos elaborados e iluminação cênica.
A ópera surgiu no final do século XVI em Florença, na Itália, como uma tentativa de unir música, poesia e teatro em uma única expressão artística.
A primeira ópera conhecida é Dafne de Jacopo Peri, mas foi Claudio Monteverdi, também no final do século XVI, quem estabeleceu as bases do gênero, com obras como L’Orfeo.
Durante o século seguinte, o gênero se expandiu pela Europa, ganhando popularidade especialmente entre a burguesia em ascensão, o que impulsionou a construção de teatros dedicados exclusivamente a esse tipo de espetáculo.
Como todas as formas de arte, a ópera também reflete as transformações dos períodos históricos em que foi criada.
O século XIX trouxe transformações que ajudaram a definir o que é ópera. O Romantismo, com sua valorização das emoções intensas e do nacionalismo, impactou diretamente o gênero.
As orquestras cresceram, as vozes precisaram ser mais potentes e a música buscava uma expressão dramática mais direta. Nesse período, o equilíbrio formal e a clareza estrutural ganham destaque, como se vê nas obras de Mozart.
Enquanto isso, Richard Wagner revolucionava a ópera alemã. Criou o conceito de drama musical, em que música, poesia, encenação e cenografia se fundiam em uma unidade artística total, o que estimulou o surgimento de escolas de ópera em diversos países.
Na virada do século, compositores como Giacomo Puccini incorporaram o Realismo à ópera, descrevendo cenas com riqueza musical e emocional, como nas obras La Bohème e Tosca.
O século XX transformou a ópera de maneira irreversível graças ao avanço tecnológico, à globalização e a novas linguagens musicais que expandiram seus horizontes.
A experimentação, o minimalismo, o expressionismo e o cruzamento entre culturas e estilos expandiram as fronteiras do que se pode entender como ópera, tornando o gênero mais diverso e multifacetado do que nunca.
O estilo passou a dialogar com o cinema, a televisão e, mais recentemente, com o streaming, alcançando públicos de todas as partes do mundo, desafiando fronteiras tradicionais e provando que a ópera permanece viva, pulsante e eternamente atual.
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Enquanto forma artística em constante transformação, a ópera desenvolveu, ao longo dos séculos, diversos subgêneros e estilos que refletem as mudanças de gosto, as evoluções culturais e as tendências estéticas de cada época.
De maneira geral, há dois grandes tipos principais: a ópera séria e a ópera cômica, ou buffa, além de categorias específicas, como a grand opéra e as óperas contemporâneas, que experimentam novas possibilidades sonoras e cênicas.
Um dos principais subgêneros é a ópera séria, centrada em temas dramáticos, emocionais e heroicos, predominante na Itália barroca e destinada a retratar personagens mitológicos ou históricos com grande intensidade emocional.
Em contraposição, surgiu a ópera cômica, ou buffa, que aborda situações cotidianas com humor e crítica social, muitas vezes retratando personagens do povo em tramas leves e ágeis.
No século XIX, especialmente em Paris, desenvolveu-se a grand opéra, caracterizada por produções monumentais, cenários luxuosos, grandes elencos e histórias épicas, muitas vezes de caráter histórico.
Já no século seguinte e além, a ópera contemporânea passou a incorporar estilos modernos e experimentais, como o minimalismo, o expressionismo e a música eletrônica, explorando novas possibilidades narrativas e sonoras.
A ópera contemporânea muitas vezes incorpora elementos experimentais, mesclando estilos tradicionais com novas linguagens sonoras, eletrônicas e multimídia à produção.
Algumas obras propõem até mesmo narrativas fragmentadas, experimentando com a atonalidade ou utilizando recursos do teatro moderno, do cinema e da performance artística.
E continuam a surgir gênios do estilo. Compositores como Benjamin Britten, Philip Glass, John Adams e Kaija Saariaho demonstram como a ópera pode se renovar continuamente, dialogando com as tendências culturais e os questionamentos de seu tempo.
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Agora que você sabe mais sobre a ópera, vale a pena conhecer também as músicas clássicas mais famosas — aquelas melodias que muitos reconhecem de imediato, mas que poucos sabem exatamente como se chamam.
Você vai redescobrir obras-primas que atravessaram gerações e continuam a ecoar no imaginário coletivo!




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