1 de Agosto de 2025, às 12:00
Se você não consegue parar de cantar — e até dançar — os hits Popotão Grandão e Predador de Perereca, já deve ter se perguntado: quem é o dono da BLOW RECORDS?
A gravadora BLOW RECORDS, responsável por esses hits que misturam o funk pesadão com ritmos dos anos 50 a 60, foi criada por Raul Vinicius, estudante paulista de publicidade. As suas produções viralizaram nos últimos tempos e estão dominando o TikTok, Instagram, Youtube e Spotify.
O que muita gente não sabe é que essas faixas são criadas com a ajuda da IA e da criatividade inesgotável de Raul. Chegou a hora de saber mais sobre a mente criadora dos sucessos da BLOW RECORDS!
Raul Vinícius, de apenas 22 anos, é o criador da BLOW RECORDS. A gravadora tem apenas dois funcionários: o próprio Raul e a IA generativa.
Apaixonado por tecnologia e música, o estudante começou a trabalhar com inteligência artificial em 2023, mas foi só em 2024 que divulgou suas primeiras produções.
Reservado sobre sua vida pessoal, ele prefere o anonimato e já contou em entrevistas que a sua mãe não faz ideia de que ele viralizou!
Raul Vinícius é o típico jovem da Geração Z, por dentro das novas tecnologias e tendências das redes sociais. Criativo e irreverente, ele coloca bastante humor nas suas criações e também é ligado à nostalgia.
A BLOW RECORDS começou de uma “brincadeira com a IA”. Um dia, Raul resolveu remixar funks brasileiros com sonoridades vintage, inspiradas por timbres dos anos 50 a 80. Foi então que as produções no estilo característico do selo começaram a ser criadas.
Os primeiros hits da BLOW RECORDS foram Chupa Xoxota (1980), Predador de Perereca (1982) e Só Quer Vrau (1982). Originalmente, as músicas foram postadas no perfil oficial da gravadora no Tik Tok, Instagram, Youtube e Spotify.
Os timbres vocais de cantores icônicos do passado, como Marvin Gaye, Cassiano, Tim Maia e James Brown, e as melodias de suas canções são algumas das referências de Raul Vinícius.
O estudante também usa a ferramenta Midjourney, para produzir os clipes fictícios das músicas. Afinal, não basta resgatar o estilo vintage na melodia, é preciso também usar o figurino, o cabelo e a qualidade da gravação de vídeo da época.
Preocupado com os direitos autorais, Raul Vinícius afirma que todas as faixas só foram monetizadas após a autorização dos artistas e das distribuidoras.
E os cantores têm curtido essa nova roupagem para as suas músicas. Foi o caso do MC Nego Bam, intérprete original de Malandramente. Depois do lançamento da versão da BLOW RECORDS, ele viu a sua carreira, que tinha dado uma esfriada, voltar aos holofotes.
Outro artista que embarcou na proposta foi o MC MM, que produziu um disco em parceria com a gravadora. Blow Apresenta: Um Passado Inexistente Vol.1 traz uma melodia de jazz, blues, disco, funk americano e soul para as letras pesadas do cantor. O resultado é uma nostalgia engraçada e futurística.
De acordo com o dono da BLOW RECORDS, tudo começou como uma brincadeira. As primeiras músicas que ele criou foram uma zoeira com a briga entre Drake e Kendrick Lamar. Depois, ele resolveu testar com rap e até pesquisou algumas músicas feitas no exterior com essa técnica.
O significado de Not Like Us, hit de Kendrick Lamar sobre Drake
Hoje, o processo de criação das músicas dura, em média, 4 horas. Além das faixas, Raul também produz os clipes, que demoram cerca de 30 minutos para serem criados.
Embora as pessoas pensem que é só usar a inteligência artificial e deixá-la fazer todo o trabalho, Raul esclarece que não é bem assim. Na realidade, em alguns casos, ele precisa fazer várias edições para chegar ao resultado desejado.
Ele não revela quais são os programas de IA que ele usa, mas declarou que chega a gastar mais de R$ 1 mil reais por mês para explorar esses recursos.
Sobre os lucros, Raul disse que consegue uma renda com a monetização dos vídeos, mas eles são divididos com os artistas e as distribuidoras. Então, para quem pensa que a BLOW RECORDS é uma empresa milionária, está muito enganado…
Desde abril de 2025, em que as primeiras faixas da BLOW RECORDS foram postadas, Raul Vinícius conquistou cerca de 60 milhões de visualizações no TikTok e 12 milhões no Youtube.
Muitos usuários se empolgaram tanto com as produções que criaram coreografias, trends e até desafios com os áudios. Em pouco tempo, eles entraram para a lista de mais ouvidos nessas plataformas e transformaram as produções da BLOW RECORDS em verdadeiros fenômenos musicais.
A combinação de letras pornográficas e constrangedoras do funk com a melodia dançante ou romântica das últimas décadas do século XX traz um resultado super engraçado. Por isso, tantas pessoas estão viciadas nas músicas da BLOW RECORDS.
Mas há também outros motivos. O efeito da nostalgia, com sons que remetem ao passado, causa familiaridade e conforto, porque temos a sensação de que já conhecemos essas canções. Assim, elas nos remetem a alguma memória afetiva.
Já deu para perceber que Raul Vinícius acertou muito — mesmo que por acaso — ao criar os hits da BLOW RECORDS!
Raul Vinícius já declarou que se inspirou em grandes nomes da música internacional do passado para a criação dos hits da BLOW RECORDS. Mas você sabia que isso tem tudo a ver com as próprias origens do funk no Brasil?
Desde o início, os artistas brasileiros beberam na fonte de cantores de décadas anteriores para criar novas produções. Embora as letras fossem adaptadas à realidade que eles estavam vivendo no momento, as melodias remontavam ao passado.
E é exatamente isso que Raul Vinícius está fazendo! Ele usa bases do passado para criar novas produções, com letras mais ousadas e atuais. Essa tendência reforça o próprio caráter do funk como um gênero periférico que está em constante evolução, ligado às inovações.
Assim como Raul Vinícius, o dono da BLOW RECORDS, outras pessoas também produziram novas músicas com inteligência artificial. Aproveite para conhecer os melhores covers criados por IA.




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