Maldição (Beelzebub)

Solidão e redenção em "Maldição (Beelzebub)" de Blxck

"Maldição (Beelzebub)", de Blxck, mergulha no dilema de um ser condenado à imortalidade, cuja existência é marcada por solidão, culpa e o desejo de redenção. A letra utiliza a figura de Beelzebub, tradicionalmente associada ao mal, para retratar um personagem poderoso e temido, mas que sofre profundamente com sua condição. O trecho “Zumbido, tantas moscas ao meu redor / Os meus amigos mortos, de ódio se encheu meu coração” reforça a ideia de uma maldição inescapável, onde a morte e a perda são presenças constantes na vida do protagonista.

A música cria uma atmosfera sombria e introspectiva, explorando tragédias pessoais e a busca por expiação. Blxck faz referências a figuras mitológicas e bíblicas como “Ragnarok”, “Zeus”, “Satã”, “Lilith” e “Lúcifer” para construir uma narrativa de autodescoberta e autodestruição. O verso “Satã sou eu e todos que eu amava / Eu matei!” revela um conflito interno intenso, mostrando que o mal não é apenas externo, mas faz parte do próprio personagem. O desejo de morrer, repetido ao longo da música, contrasta com a impossibilidade de encontrar paz: “Mas que maldição que é sempre viver / Sem amar nenhuma pessoa”. Assim, Blxck transforma a figura demoníaca em um símbolo do sofrimento humano, abordando temas como culpa, perda, isolamento e a busca por redenção, mesmo quando ela parece inalcançável.