A dor da mulher do sertão

A Dor da Mulher do Sertão: Uma Canção de Saudade e Resiliência

A música "A dor da mulher do sertão" de Marcelo Crivella é uma comovente narrativa sobre a dor e a saudade de uma mulher sertaneja que vê seu marido partir para a cidade grande em busca de melhores condições de vida. A letra é repleta de metáforas e imagens que retratam a solidão e a tristeza dessa mulher, que escreve cartas incessantemente, mas nunca recebe uma resposta. As folhas do caderno, que conhecem bem a sua dor, simbolizam a esperança e a frustração de uma comunicação que nunca se concretiza.

A canção também aborda a continuidade do ciclo de sofrimento quando o filho decide seguir o mesmo caminho do pai, deixando a mãe ainda mais desolada. A morte do "herói do sertão" e a secura do pé de algaroba são metáforas poderosas que ilustram a devastação emocional e física que a ausência dos entes queridos causa na vida dessa mulher. A roça abandonada e o pilão de farinha que já não ronca são símbolos da vida que se desfez, da terra que não é mais cultivada e da rotina que foi interrompida pela dor e pela saudade.

A letra também destaca a força e a resiliência da mulher sertaneja, que mesmo diante de tanta adversidade, continua a esperar e a escrever cartas, na esperança de que um dia seu filho responda. A água salgada que brota do chão, misturada com as lágrimas, é uma imagem poética que reforça a ideia de que a dor e a saudade são tão profundas que se misturam com a própria terra do sertão. A música é um tributo à resistência e à esperança das mulheres sertanejas, que enfrentam a dureza da vida com coragem e determinação.